Gonçalo Cardoso ainda só tem 19 anos, mas já está a cumprir a segunda época no West Ham, depois de ter sido central revelação do Boavista em 2018/19, fazendo um total de 18 jogos pelas panteras. O jovem central foi opção nos sub-23 dos hammers mas ainda aguarda pela primeira chance na equipa de David Moyes. Utilizado já esta época em dois jogos dos sub-21 do emblema londrino, Gonçalo Cardoso, uma das estrelas de Portugal na edição de Toulon de 2019, sente-se realizado.
«O balanço tem de ser positivo, tenho aprendido muito desde que cheguei. Foi uma mudança grande, tudo diferente, a cultura e a língua, mas adaptei-me rápido e sinto que evoluí bastante. Mas é um processo que leva tempo, tenho de ter paciência, fazer o meu trabalho. Quando chegar a oportunidade que tanto desejo tenho de estar pronto», afirma Gonçalo Cardoso, sentindo a magia que gravita em torno do West Ham, um clube emblemático da Premier League, dos que mais forma jogadores para a seleção inglesa.
«É verdade, o futebol no West Ham é quase uma religião. Estão a sofrer muito sem poder ir ao estádio. Tenho sempre presente o entusiasmo incrível dos adeptos do West Ham e um estádio que estava sempre lotado com 60 mil pessoas. Era impressionante, conquistou-me e surpreendeu-me», relata Gonçalo Cardoso, lembrando a melhor experiência.
«Fui convocado e estive no banco em alguns jogos no Campeonato e na Taça. Desfrutei da grande atmosfera numa receção ao Liverpool, campeão europeu em título. Foi uma experiência fantástica», confessa, sem prognósticos para esta Premier League.
«Uma das coisas mais especiais do campeonato é mesmo esse, não se podem adivinhar resultados ou fazer prognósticos. É impossível! Todos os anos há equipas revelação, umas de que se espera muito e não confirmam, outros de quem não se espera tanto e surpreendem todos. São múltiplas sensações, por isso é que é o campeonato mais competitivo do mundo. Não se sabe quem será campeão e nem sempre são os mesmos a lutar para não descer», explica Gonçalo, que também acompanha com curiosidade os argumentos do Boavista para se agigantar na Liga Portugal.
«O Boavista tem vindo a crescer, desde que voltou a subir, num crescimento contínuo. Está a transformar-se no clube que foi há uns anos. Ainda não chegou lá, mas tem toda uma estrutura para chegar ao velho Boavistão. Com as contratações feitas e o trabalho na formação, vejo perspetivas muito boas e razões sustentadas para grandes perspetivas», aponta, rendido a um jogador que teve o prazer de defrontar em Inglaterra, no campeonato de sub-23: Angel Gomes.
«Joguei contra ele e sempre que o vi jogar não enganava na qualidade. Mal assinou pelo Boavista, disse para mim que era uma grande contratação. Está a ter grande sucesso e vai continuar a ter pela sua tremenda capacidade técnica. Penso que vai fazer uma grande época», conclui.
