A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF) disse que, caso sejam confirmadas as suspeitas investigadas pela Operação Falso Negativo, “considera prioritária a desarticulação do esquema, sobretudo, em meio ao dramático cenário de pandemia que vivemos”.
O órgão divulgou uma nota, na manhã desta terça-feira (25/8), na qual informou que acompanha a segunda fase da operação, que apura suposta prática de irregularidades na compra de testes para detecção da Covid-19.
O presidente da Comissão de Combate à Corrupção da OAB-DF, Luís Landers, disse que “é triste e estarrecedor receber essas notícias”. “Saber que nesse momento de pandemia, de comoção nacional, ter pessoas que deveriam cuidar da saúde do DF envolvidas em supostos esquemas de corrupção é algo grave, chocante e que merece apuração rápida e firme”, pontuou.
O advogado afirmou que, em respeito ao princípio da ampla defesa, “aguardemos o contraditório e os devidos esclarecimentos, sempre a fim de evitar a condenação sumária e espetacularização”. “A Comissão de Combate à Corrupção da OAB-DF acompanhará os desdobramentos da operação e colaborará com o que for possível”, assinalou.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apura superfaturamento de R$ 30 milhões em contratos que somam R$ 73 milhões para compra de testes para o novo coronavírus pelo GDF. Foram expedidos sete mandados e prisão e 44 de busca e apreensão.
São alvo de prisão preventiva: Francisco Araújo, secretário de Saúde do DF; Ricardo Tavares Mendes, ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde; Eduardo Hage Carmo, subsecretário de Vigilância à Saúde; Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário adjunto de Gestão em Saúde; Jorge Antônio Chamon Júnior, diretor do Laboratório Central (Lacen); Iohan Andrade Struck, subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde do DF; e Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde.
Confira imagens da primeira fase da Operação Falso Negativo, deflagrada no dia 2 de julho:
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Jorge Antônio Chamon Júnior, diretor do LacenHugo Barreto/Metropoles
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Operação no Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal Hugo Barreto/Metrópoles
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Operação do MPDFTMPDF/Divulgação
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Testes foram superfaturados MPDF/Divulgação
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Resultado dava falso negativoMPDF/Divulgação
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Servidores são investigados MPDF/Divulgação
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Testes foram apreendidos MPDF/Divulgação
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Buscas foram feitas no DF e em diversos estados MPDF/Divulgação
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Buscas foram feitas em diversos estados MPDF/Divulgação
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Operação contou com apoio da políciaMPDF/Divulgação
Secretaria gastou de R$ 73 a R$ 186 por testes rápidos
Operação mirou a aquisição de testes rápidos no DFRafaela Felicciano/Metrópoles
Secretaria gastou de R$ 73 a R$ 186 por testes rápidos
Teste para detecção da Covid-19Rafaela Felicciano/Metrópoles
Secretaria gastou de R$ 73 a R$ 186 por testes rápidos
Testes rápidos comprados pela Secretaria de Saúde tiveram diferença de 154% nos preços unitários, segundo diligências da Operação Falso NegativoRafaela Felicciano/Metrópoles
Secretaria gastou de R$ 73 a R$ 186 por testes rápidos
GDF comprou testes para testagem em massa com diferença de 154% nos preçosRafaela Felicciano/Metrópoles
Profissional da saúde colhe material para teste rápido da Covid-19
Profissional da saúde colhe material para teste rápido da Covid-19Rafaela Felicciano/Metrópoles
Testes rápidos são feitos no DF para detecção do coronavírus
Testes rápidos de coronavírus no DFHUGO BARRETO/METRÓPOLES