Ícone do site Blog do Pedro Luis

Entidades realizam ato contra política de saúde do governo Bolsonaro no Dia dos Direitos Humanos

Entidades realizam ato contra política de saúde do governo Bolsonaro no Dia dos Direitos Humanos

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) e o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e uma série de outras entidades promoveram nesta quinta-feira (10), Dia Internacional de Direitos Humano, um ato virtual em defesa da democracia, da luta antimanicomial, do cuidado em liberdade e também em solidariedade ao deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP).

A manifestação ocorreu dentro do 7º Congresso Brasileiro de Saúde Mental, organizado pela Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme). O governo do presidente Jair Bolsonaro tem um plano de revogaço de medidas relativas à saúde mental, afetando diversos serviços públicos do setor.

O ex-ministro Alexandre Padilha é um dos que tem se levantado contra o desmonte que tem sido implementado no setor desde o início do governo e acabou virando alvo do Conselho Regional de Medicina do estado de São Paulo (Cremesp). A instituição entrou com um processo jurídico após o parlamentar ter usado a histórica frase “Loucura não se prende, loucura não se tortura”, lema de médicos, profissionais de saúde, pacientes e seus familiares, da luta antimanicomial contra os manicômios.

Na quinta, os representantes das entidades presentes no ato ainda protocolaram o manifesto “Pela democracia, pelo cuidado em liberdade e pela defesa de direitos” em diversas instâncias: Supremo Tribunal Federal (STF), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Conselho Federal de Medicina (CFM) e no Conselho Regional de Medicina do estado de São Paulo (CREMESP).

O texto reforça a liberdade de expressão e manifestação em apoio à luta antimanicomial e de Padilha.

Leo Pinho, presidente da Abrasme e vice presidente do CNDH, enfatizou que o ataque que Padilha sofre, está inserido em um conjunto de agravos cometidos pelo governo Bolsonaro a Rede de Atenção Psicossocial, aos trabalhadores, usuários e familiares. “A frase loucura não se prende, loucura não se tortura é dita por todos nós que cumprimos a lei e a Constituição Federal. Essa é a política de saúde mental brasileira, que não prende e não tortura”.

Para o presidente do CNS, Fernando Pigatto, a luta pela defesa da vida, da conquista de direitos da luta antimanicominal, exigir a democracia e liberdade é o mote da entidade. “Entregamos nota conjunta do CNS e do CNDH e este manifesto em defesa da liberdade democrática, de expressão e de todos que defendem a vida em primeiro lugar e seguiremos falando em alto e bom som que loucura não se prende, loucura não se tortura, manicômios nunca mais e nenhum passo atrás”.

Mário Moro, do Movimento Nacional da Luta Antimanicomial (MNLA), destacou o absurdo do implícito pelo governo Bolsonaro de revogar portarias importantes de foram construídas ao logo de anos através de conferências, encontros nacionais, de forma democrática.

“De forma arbitrária o governo quer alterar radicalmente a política de saúde mental no país, batendo na tecla insistentemente para o foco em hospitais psiquiátricos, comunidades terapêuticas e o uso do eletrochoque, neste momento critico de pandemia em que vivemos. Essa forma de tratamento claramente afeta o modo humanizado de atendimento e liberdade a saúde mental. Querem lucrar na loucura e abstinência das pessoas”.

Veja como foi o ato virtual abaixo:

Ato no Dia Internacional de Direitos Humanos

Leia Mais

Sair da versão mobile