Dal Molin destaca vantagens do etanol de milho mato-grossense.

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Parlamentar participou da inauguração da expansão da usina de etanol de milho FS Bioenergia, em Sorriso.

“Um combustível sustentável e capaz de agregar valor à produção nacional de milho”. Assim o deputado estadual Xuxu Dal Molin (PSC) classificou o processo de produção de etanol de milho desenvolvido pela indústria brasileira.   A declaração foi dada nesta quinta-feira (28), em Sorriso, durante a inauguração da expansão da usina de etanol de milho FS Bioenergia, em Sorriso.

 Implantada em 2017, a unidade se tornou a maior produtora de etanol do Brasil que utiliza 100% do milho na fabricação anual de 880 milhões de litros de etanol de milho, 212 mil toneladas de farelo de milho, 28 mil toneladas de óleo de milho e 190 mil MWh de cogeração de energia elétrica.

 Ao citar os números apresentados pela companhia, Dal Molin lembrou das dificuldades enfrentadas pelo setor produtivo, em virtude do baixo valor obtido com a venda in natura do milho.

 Para ele, com o beneficiamento do grão em Mato Grosso “surgiu uma nova cadeia produtiva capaz de agregar valor ao produto e viabilizando a produção de uma segunda safra”.

 “Antigamente o milho não dava retorno. Ao contrário, dependendo do momento era mais fácil dar prejuízo. Hoje a realidade é outra. A produção de etanol garante um preço justo e a competitividade para o agricultor brasileiro, sem falar na arrecadação de impostos que são revertidos em prol da população em geral”, assinala.

 Outra vantagem apontada pelo parlamentar, é o aumento da produção de combustível sustentável a preços mais acessíveis.

 “Cerca de 70% dos automóveis que circulam no Brasil são movidos por motores flex. Temos o combustível mais limpo do planeta e isso, por si só, já justifica nossos esforços para ampliar a produção de etanol de milho. Sem falar que estamos gerando empregos, renda e resgatando a dignidade de milhares de pais de família”, disse.

 Segundo a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), entidade que representa 90% da produção do biocombustível no Brasil, a produção deve alcançar, em 2030, para 9,65 bilhões de litros. O avanço significaria 185% a mais do que será produzido nesta safra. A previsão é feita com base em anúncios de investimentos em novas plantas de etanol de milho ou de expansão das já existentes como é o caso da indústria de Sorriso.

 CEO da FS Bioenergia, Rafael Abud, também destacou a geração de emprego e renda como um dos fatores primordiais da companhia.

 Segundo ele, para cada emprego direto gerado pela empresa, são abertas indiretamente outras 13 vagas de trabalho.

 “Atualmente nossa organização conta com 600 colabores o que equivale a 8 mil empregos diretos e indiretos. Criamos um círculo virtuoso no estado de Mato Grosso, com ‘empregos verdes’ e uma economia sólida e igualmente ‘verde’”, pontua.

 “O milho era um ‘problema’ para o Brasil. Num passado bem próximo o governo federal gastava em torno de R$ 3 bilhões para equalizar o preço do produto. Graças a Deus, o milho se tornou uma oportunidade. Exemplo disso é o valor recolhido pela empresa de ICMS. São mais de R$ 480 milhões que vão anualmente para os cofres públicos”, afirma Marino Franz. Acionista da companhia e ex-prefeito do município de Lucas do Rio Verde, local onde a empresa instalou sua primeira usina de etanol de milho, Marino defendeu mais investimentos em pesquisas a fim de garantir o aumento da produção sem a necessidade de abertura de novas áreas.

“O governo federal, independentemente de seu gestor, precisa olhar para a tecnologia. O Brasil importa 94% de todo fertilizante consumido quando o correto seria que o país produzisse esse produto vital para a produção agrícola”, complementa.

Presente no evento, a ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Correia da Costa Dias, se mostrou entusiasmada com os resultados obtidos pelo setor em tão pouco tempo.

Na avaliação da ministra, os produtores rurais passaram a ser mais valorizados com o advento da pandemia.

“Quanto mais percorremos o Brasil, maior é a nossa dimensão do que o segmento do agro tem feito pela economia. Vocês não pararam um dia sequer. Ao contrário, todos redobraram o ritmo de trabalho e desta forma conseguiram garantir a competitividade do setor produtivo”, disse a ministra minutos antes de conhecer a parte interna da usina de etanol de milho.

Ainda em Sorriso, Tereza Cristina participou da cerimônia de lançamento oficial da safra 21/22.

Também participaram do ato, o prefeito do município, Ari Lafin (PSDB); o governador em exercício, Otaviano Pivetta (PDT); o senador Wellington Fagundes (PL), os deputados federais, Neri Gueller (PP) e José Medeiros (Podemos), os deputados estaduais, Dilmar Dal Bosco (DEM) e Ulysses Moraes (PSL); entre outras autoridades políticas e representantes do setor produtivo.