O município de Várzea Grande figura entre os 20 piores do Brasil em termos de saneamento básico, ocupando a 92ª posição no ranking elaborado pelo Instituto Trata Brasil – Saneamento e Saúde – em colaboração com a GO Associados, pelo segundo ano consecutivo.
O estudo, divulgado nesta quarta-feira (20), focou nos 100 municípios mais populosos do país, considerando os índices de cobertura da rede de água, coleta e tratamento de esgoto, além dos investimentos realizados entre 2018 e 2022. Várzea Grande é o único representante da região Centro-Oeste nesta lista desfavorável.
“Esta edição do Ranking ressalta que além da necessidade de os municípios alcançarem o acesso pleno à água potável e à coleta de esgoto, o tratamento de esgoto é o indicador que se encontra mais distante da universalização nas cidades, representando o principal desafio a ser superado. Temos menos de 10 anos para cumprir o compromisso de universalização do saneamento que o país assumiu com seus cidadãos. No entanto, cinco capitais da região Norte e três da região Nordeste não tratam sequer 35% do esgoto gerado. Neste ano de eleições municipais, é crucial trazer o saneamento para o cerne das discussões”, avaliou Luana Siewert Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil.
Os dados revelam que a cidade está investindo (por habitante) significativamente abaixo do recomendado pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab). Durante o período analisado, o investimento médio foi de apenas R$ 25,91 por habitante ao ano, o segundo menor valor entre os 20 piores municípios, ficando atrás apenas de São João de Meriti, no Rio de Janeiro, com R$ 8,51. O Plansab preconiza um investimento de R$ 231,09 por habitante para a universalização. A média entre os 20 piores municípios foi de R$ 73,85 por habitante.
Além disso, os números relativos à capacidade de atendimento no fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto também são desanimadores. Conforme o ranking, apenas 88,28% da população de Várzea Grande é atendida pela rede de água; 29,07% possui acesso à rede de coleta de esgoto e apenas 26,20% do esgoto é tratado.
FONTE:https://odocumento.com.br