Ronye Steffan, proprietário da Percent: “Os várzea-grandenses avaliam a gestão do Kalil de razoável para boa, mas apesar deste ponto positivo, e sem qualquer traço de uma oposição firme na cidade, ele não consegue disparar na preferência do eleitor. Existe um abismo entre o governo do Kalil e as urnas”, analisou
Nos últimos três dias (19, 20 e 21), a Percent, contratada pela TV Cuiabá e portal ODOCUMENTO, realizou trabalho de campo em Várzea Grande, segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso. Foram aplicadas 600 entrevistas de forma presencial nas quatro regiões da cidade. A sondagem está devidamente registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e será publicada a partir de segunda-feira (26). O editor da coluna teve acesso aos números preliminares. E incontestável a influência do atual prefeito, Kalil Baracat (MDB). No entanto, a pesquisa vai mostrar ao grande público a vulnerabilidade eleitoral do atual gestor. Se a oposição se unir em torno de um deputado estadual, vitorioso nas eleições de 2022, o jogo pode complicar para Kalil. Para se ter dimensão dos fatos, mais de 70% da população local disseram que nunca viram o prefeito em visita aos bairros da cidade. “Por falta de uma liderança pessoal do Kalil, as pessoas separam a gestão do plano eleitoral. Em alguns casos, os secretários são mais populares do que o próprio prefeito. O Kalil é até bem visto como administrador, mas não consegue empolgar as pessoas, disparar na preferência eleitoral. Mesmo com a oposição anêmica, sem qualquer consistência na cidade, Baracat ainda tem um teto eleitoral baixo, o que pode ser perigoso, por exemplo, em uma disputa direta contra um parlamentar recém eleito”, antecipou Ronye Steffan, proprietário da Percent.