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Tradição centenária de VG é reconhecida como patrimônio cultural de MT

No Dia Nacional da Cultura, comemorado em 5 de novembro, o “modo de fazer a rede várzea-grandense” é oficialmente reconhecido como patrimônio histórico, artístico e cultural do Estado de Mato Grosso. A Lei nº 12.690, proposta pelo deputado estadual Fabio Tardin (PSB), destaca a importância do trabalho artesanal das redeiras de Várzea Grande, uma prática com raízes centenárias que agora ganha visibilidade em todo o estado.

“Nosso objetivo sempre foi enaltecer o trabalho dessas mulheres que preservam uma tradição secular. Com a sanção do governador Mauro Mendes (União), conseguimos transformar esse reconhecimento em lei. É uma forma de ressaltar não apenas a relevância das redeiras para Várzea Grande, mas para toda a cultura de Mato Grosso”, afirmou o deputado Fabinho.

Jilaine Maria da Silva, presidente da Tece Arte, reforçou a importância da medida e destacou o impacto positivo para as artesãs. “É muito significativo para nós, pois valoriza e reconhece nossa identidade. Nossa cultura tem uma história centenária, e esse reconhecimento motiva outros artesãos de Mato Grosso, um estado tão rico em expressões culturais”, disse Jilaine.

A nova legislação complementa a Lei nº 4.406, sancionada em outubro de 2018, que já reconhecia a rede e o seu modo de produção como patrimônios culturais material e imaterial do município de Várzea Grande.

O processo de confecção das redes é completamente manual e conduzido por cerca de 50 mulheres habilidosas. Sem o auxílio de máquinas, cada peça leva até dois meses para ser finalizada, evidenciando a dedicação e a técnica que caracterizam as Redeiras do Limpo Grande. A prática, além de um testemunho de perseverança e talento, é um símbolo da riqueza cultural mato-grossense.

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