Ícone do site Blog do Pedro Luis

TJ mantém prisão de integrante de grupo que chicoteou devedor em Cuiabá

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou habeas corpus e manteve a prisão preventiva de Sérgio da Silva Cordeiro, acusado de integrar um grupo de cobradores que chicoteou um devedor em Cuiabá.

A decisão é assinada pelo desembargador José Zuquim Nogueira e foi publicada nesta sexta-feira (29).

Sérgio está preso desde segunda-feira (25), após ser alvo da Operação Piraim, deflagrada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), para apurar os fatos ocorrido em plena Avenida Miguel Sutil.

Imagens das chicotadas se propagaram pelo País e as agressões foram gravadas em vídeo pelos próprios criminosos e expostas na internet, no mês de agosto.

De acordo com as investigações, ele e outros três acusados teriam agido a mando dos empresários Bruno Rossi e Rafael Geon de Souza, que também foram presos na operação. Este último, contudo, já está em liberdade.

Os comparsas de Sérgio seguem sendo procurados pela Polícia. São eles: José Augusto de Figueiredo Ferreira, Benedito Luiz Figueiredo de Campos e Guilherme Augusto Ribeiro.

No habeas corpus, a defesa de Sérgio alegou “que não há elementos nos autos que demonstrem o envolvimento dele com a prática delituosa e que a sua liberdade não colocará em risco à ordem pública, a instrução criminal e aplicação da lei penal”.

O desembargador afirmou, porém, que a prisão preventiva se encontra fundamentada de forma idônea, diante da prova da materialidade dos crimes e dos indícios suficientes de autoria delitiva.

“Assim, em que pese os argumentos expostos na impetração, verifica-se que a custódia cautelar do paciente encontra-se devidamente justificada e mostra-se necessária especialmente para a garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal e a aplicação da lei penal, em razão da gravidade concreta do delito supostamente cometido associada aos indícios da autoria e a materialidade do crime. Ante o exposto, indefiro a liminar vindicada.

A operação

A investigação da Derf apurou que a vítima foi abordada pelo grupo na Avenida República do Líbano, no estacionamento de um posto de combustíveis, na Capital.

Ele então foi levado para um terreno na Miguel Sutil, onde foi chicoteado.

Na sequência, o pai da vítima recebeu uma ligação telefônica, feita do aparelho celular do filho, onde o interlocutor dizia que credores queriam receber dívidas contraídas pela vítima.

O pai chegou a oferecer um veículo avaliado em R$ 80 mil, contudo os criminosos disseram que a camionete não quitaria a dívida.

A vítima, receosa pela sua integridade física e de seus familiares chegou a isentar os responsáveis no dia em que foram conduzidos à delegacia, em flagrante.

fonte:

Sair da versão mobile