O Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (SINDIMED-MT) emitiu uma nota pública repudiando as declarações recentes feitas por representantes da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande.
As afirmações, realizadas durante uma reunião no Ministério Público na segunda-feira, dia 18, geraram forte reação da categoria médica. Na reunião, estavam presentes o vice-presidente do SINDIMED-MT, Dr. Givaldo, e o assessor jurídico Bruno, que representaram o sindicato dos médicos.
Dr. Ney Provenzano, diretor do Pronto-Socorro de Várzea Grande, alegou na reunião que havia médicos trabalhando apenas 30 minutos por semana, enquanto a Secretária Interina de Saúde, Maria das Graças Metelo, justificou a demissão de médicos temporários como uma decisão legal.
O SINDIMED-MT considera essas declarações generalistas, prejudiciais e desrespeitosas, desconsiderando o empenho dos profissionais que enfrentam condições difíceis de trabalho para atender a população.
A entidade sindical destaca que tais afirmativas desviam a atenção dos verdadeiros problemas: a precariedade das condições de trabalho e a falta de estrutura adequada nas unidades de saúde. O sindicato enfatiza que cabe à gestão municipal investigar quaisquer irregularidades de forma responsável, sem recorrer a acusações generalizadas que abalam a confiança pública nos serviços de saúde.
Além disso, o SINDIMED-MT ressalta a situação dos médicos terceirizados da Cirurgia Pediátrica, cujos relatórios foram classificados como inconsistentes, e critica a falta de pagamento e atendimento à população, exigindo que a administração municipal aja de forma diligente para evitar desassistência.
O sindicato reitera que, apesar das afirmações de que as dificuldades nas escalas, insumos e condições de trabalho estão sendo solucionadas, relatórios e documentos indicam a continuidade da falta de medicamentos e materiais essenciais, corroborados pela vistoria do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso.
Quanto às demissões de médicos temporários, o SINDIMED-MT aponta falhas na gestão que, ao contrário de substituí-los por profissionais concursados conforme a legislação vigente, optou por cortes visando “fazer caixa,” gerando descontinuidade nos serviços públicos de saúde. Essa decisão, segundo o sindicato, evidencia falta de compromisso com a saúde pública e comprometeu a eficácia dos atendimentos.
O SINDIMED-MT reafirma seu compromisso em defender os interesses da categoria médica e da saúde pública e exigirá da administração municipal medidas concretas para garantir condições de trabalho dignas e um atendimento de qualidade à população de Várzea Grande.
Quer ficar por dentro das notícias?
Acesse: www.blogdopedroluis.com.br