Saúde de Várzea Grande comemora o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência no Centro de Reabilitação.

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O dia 21 de setembro traz a reflexão sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão da Pessoa com Deficiência na sociedade. O preconceito e a inacessibilidade foram os pontos centrais debatidos, por meio de palestras motivacionais no Centro.

Nesta terça-feira, dia 21 de setembro, se celebra o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, e a Secretaria municipal de Saúde de Várzea Grande por meio do Centro de Reabilitação – CER II, destaca o intenso trabalho feito no dia a dia em prol desse público nesta data comemorativa, onde o Centro proporciona atendimento a mais de 300 pessoas por mês, nas diversas especialidades para esta área em ortopedia, neurologia, psicologia, fisioterapia, nutrição, assistência social, equipe de enfermagem, totalizando 38 servidores da Saúde à disposição dos pacientes frequentadores do Centro de Reabilitação.

O dia 21 de setembro traz a reflexão sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão da Pessoa com Deficiência na sociedade. O preconceito e a inacessibilidade foram os pontos centrais debatidos, por meio de palestras motivacionais no Centro.

Segundo a coordenadora do Centro de Reabilitação, Gilssa Ribeiro, a Saúde além de cuidar e tratar dos problemas físicos também cuida da autoestima para assegurar que os direitos das pessoas com deficiência sejam garantidos nos atendimentos em Saúde.

“Na Administração Pública existem muitos projetos de mobilidade urbana, acessibilidade, inclusão no mercado de trabalho e atendimento humanizado na saúde às pessoas com deficiência e famílias. Trabalhamos de forma integrada com várias Pastas da Administração Pública, como por exemplo a Assistência Social, que reconhece as necessidades da população vulnerável e ela é atendida, não só em suas necessidades de saúde, como a inserção em programas sociais e educacionais”, disse ela, informando que o Centro de Reabilitação agrega valores no atendimento a saúde e proporciona melhor qualidade de vida ao paciente.

Como experiência verdadeira desta afirmação, a mãe da pequena Lorena de 04 anos, Creusa Lina de Arruda, conta que sua filha nasceu com Síndrome Neurológica e é cega. “Comecei a frequentar o Centro de Reabilitação faz pouco tempo, e os profissionais daqui, já ensinaram minha filha a se comunicar, pegar objetos, mexer as pernas, ela vivia deitada, agora é uma criança que sorri, interage dentro das limitações dela e consegue identificar brinquedos. Mudei todo o meu comportamento, ela tem mais qualidade de vida, dou mais atenção, converso, ela consegue entender. Estou muito alegre e agradeço a dedicação de todos, médicos, enfermeiras, as nutricionistas, que me ensinaram a adotar alimentos que correspondem às necessidades dela. Sou grata a Deus e a estes profissionais”, disse a mãe emocionada.

“Nós atendemos aproximadamente 300 pessoas/mês, dando todo tipo de assistência e informação, através do nosso WhatsApp, aos pais, por telefone, em decorrência da pandemia  e presencialmente nas áreas de reabilitação. Adotamos políticas de inclusão e de resultado. O que queremos é que nossos pacientes dentro de suas limitações tenham uma melhor qualidade de vida”, explicou a coordenadora Gilssa Ribeiro, afirmando que os pacientes são de Várzea Grande, e são encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde ao Centro de Reabilitação.

Para o palestrante, Marcione Mendes de Pinho, advogado, com limitação motora nas pernas, disse que prefere incentivar as pessoas com deficiência, a lutar pelos seus direitos e espaços, por acreditar que as verdadeiras políticas públicas, são aquelas que garantem um mundo mais acessível para todos os seres humanos.

“Sabemos que é preciso aprimorar cada vez mais as formas de comunicação, organizar os postos de trabalhos dentro das empresas, atuar junto ao mercado de trabalho, promover acessibilidade dentro das questões arquitetônicas e na mobilidade urbana e, acima de tudo, promover a conscientização da sociedade por meio da informação e nós trabalhamos para isso. Há muito trabalho ainda a ser realizado, muito a ser percorrido para que todas as pessoas tenham seus direitos assegurados. É preciso acabar com esse ciclo perverso de exclusão social e de preconceitos aos quais todas as pessoas com deficiência estão sujeitas no país. Hoje é dia de reconhecer, reafirmar e refletir sobre as políticas e ferramentas para a inclusão das pessoas com deficiência. Temos muitos motivos para celebrar, com muita luta ainda pela frente”, afirma ele, completando que o Centro de Reabilitação de Várzea Grande é referência e uma grande conquista de acessibilidade à Saúde, com tantos serviços à disposição para a pessoa com deficiência, conforme as necessidades e realidade da cidade.

“A gente entende que essas lutas são todas nossas. Como trabalhamos com a motivação, educação e mediação, entendemos que nosso papel, como mediadores, é investir nessa cultura de acessibilidade, de inclusão, para que as pessoas com deficiência tenham o direito garantido de poder participar de qualquer ação que tenha interesse e desejo de estar junto. Falo da vida, da perseverança e vontade de viver e lutar por espaços, de coragem, e que as limitações não sejam empecilhos, por uma vida melhor”, disse Tadeu Bezerra, portador de deficiência física e militante pelas causas da Pessoa com Deficiência.