O Presidente do SINPAIG Antonio Wagner e o Tesoureiro Alexssander Camargo, participaram de reunião com o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho do PT, onde cerca de 300 sindicalistas de todo o Brasil se reuniram nesta sexta-feira (6) na sede do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores da Tecnologia da Informação) em São Paulo para uma plenária ampliada da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
Os grandes focos da discussão foram o fortalecimento e o financiamento dos sindicatos, o combate à precarização do mercado de trabalho frente ao avanço das terceirizações, bem como a regulamentação da Convenção 151 da OIT que garante a Negociação coletiva no âmbito do Serviço Público, temas urgentes para o movimento sindical desde a reforma trabalhista de 2017.
O presidente nacional da CSB, Antonio Neto, lembrou da intervenção que fez em janeiro deste ano em encontro do presidente Lula com as centrais sindicais, em que falou que o ideal seria um “revogaço” da “deforma” trabalhista.
Ele ressaltou que a pasta hoje comandada por Marinho foi uma das primeiras criadas por Getúlio Vargas em seu primeiro governo, quando os trabalhadores conquistaram direitos que reformas recentes como a trabalhista e da previdência atacaram, como a CLT e a aposentadoria.
“Parece que a elite escravocrata brasileira quer retroagir para uma época pré década de 1930 na questão dos direitos dos trabalhadores. Daqui a pouco ousarão propor a revogação da Lei Áurea”, disse.
O Presidente do SINPAIG MT e Vice Presidente da CSB MT, Antônio Wagner ressaltou que a regulamentação da convenção 151 da OIT é hoje um sonho para os servidores Públicos: “Hojé com o atual governo é um sonho possível, vez que já instalaram um GT para propor o modelo legal dessa regulamentação para estados e municípios, do qual faço parte como suplente. É questão de tempo para termos um texto final”, ressaltou o dirigente.
O Tesoureiro Alexssander afirmou que foi um momento único para os sindicatos: “depois de 4 anos sendo repelidos por um governo anti trabalhadores, estar em um encontro com um ministro da alta gestão federal, mostra que o Brasil voltou a respeitar os trabalhadores públicos e privados”, ressaltou o dirigente do SINPAIG e conselheiro do CRC MT.
Já o Ministro Luiz Marinho do PT, ressaltou que o bem estar da sociedade não pode vir as custas do trabalho precário, se referindo aos trabalhadores por APPs, e que é necessário que a sociedade e o parlamento reflitam sobre valores éticos e morais e o valor do trabalho e que o pensamento de que “tudo pode” nas relações de trabalho levou a um processo “brutal” de precarização e ao aumento do trabalho análogo à escravidão.
“A sociedade tem que refletir se um garoto ou uma garota lhe entregando uma comida quentinha em minutos, se ele está sendo bem remunerado, se ele está tendo o mesmo direito de levar essa comida para sua família. Ou não importa? O meu bem-estar pode ser servido pelo trabalho análogo à escravidão? Por um trabalho ultraprecário? É isso que a sociedade brasileira pensa? Não acredito”, afirmou o Ministro.