A Câmara Municipal de Várzea Grande sabatinou, nesta terça-feira (26.09), o diretor-presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Carlos Alberto Simões, sobre o abastecimento de água no município. A convocação foi feita pelo vereador Bruno Lins Rios (PSB).
Rios perguntou sobre o desperdício de água dentro do município e sobre a produção de água. “A nossa produção é de 750 litros por segundo, mas temos 70 de perda. Existe a perda física e econômica, sendo que a perda econômica é aquela das redes clandestinas e estão fora da nossa base, mas consomem a água do DAE. Ela corresponde a 60% desse total. Isso agrava muito a renda do nosso departamento, ou seja, é dinheiro perdido para investirmos em melhorias na água e esgoto”, relata Simões.
O presidente da Câmara Municipal de Várzea Grande, o vereador Pedro Paulo Tolares – Pedrinho (UB), os vereadores ouvem muitas reclamações, tentam buscar informações com Carlos Alberto, porém não há retorno. “Estou aqui há três mandatos, mas essa sua gestão é a pior pela qual passei. Quando a gente entra em contato contigo, na verdade, não é a gente que está em busca de informações, mas sim os moradores de Várzea Grande. Queremos que a população tenha pelo menos o atendimento básico, pois há bairros que ficam 10 e até 15 dias sem água, isso é desumano”, reclama Pedrinho.
“Concordo com o senhor que isso é desumano, porém não temos a capacidade de água necessária, por isso não podemos mudar a intermitência. Não é simples essa questão. A nossa realidade é essa, infelizmente. O problema é que não temos a capacidade de água necessária para entender o município”, relata o diretor-presidente do DAE.
A 1° vice-presidente, a vereadora Gisele Aparecida de Barros – Gisa Barros (UB), perguntou: “Qual a quantidade de água que devemos produzir para abastecer 100% de Várzea Grande?”
“O nosso município já produz a quantidade adequada, porém não temos um sistema padronizado e hidrometrado, pois o freio para o consumo é o hidrômetro. Uma pessoa que não tem ligação e não tem boia deixa água correndo”, disse Simões.
O vereador Ícaro Reveles (PDT) perguntou o porquê Carlos Alberto é contra a privatização do DAE e também sobre o prazo de conclusão das obras das novas estações de tratamento de água.
“Eu sou contra, sim. Acredito que o DAE deixará de ser de cunho social e terá cunho econômico. Deixará de ser público e será privado. Os investimentos serão normalmente feitos pelo BNDES, ou seja, dinheiro público. São situações distintas. As melhorias com a privatização são por causa dos investimentos. Nós estamos investindo e iremos em breve ter melhorias com as conclusões das obras das nossas ETA’s. Sobre as obras, a ETA Barra do Pari deve ter início de operação em 15 de dezembro, já a ETA da Imigrantes em 24 de março de 2024”, diz Simões.
Também houve questionamentos dos vereadores: Jero Neto (MDB); Rosy Prado (UB); Ider Jacintho (PSDB); Rogerinho da Dakar (PSDB); Professor Vitamina (Republicanos); Professora Eucaris (MDB); Mauro da Saúde (PSB); Braz Jaciro (PROS); Jânio Calistro (UB); Alessandro Moreira (PP); Ivan dos Santos (Solidariedade); Pablo Pereira (UB).