O preço do etanol não para de subir nos postos de combustível em todo o Brasil, chegando a quase R$ 7 na região Sul do país
revela a pesquisa realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 1º e 21 deste mês. De acordo com Mario Campos, presidente da Siamig, a redução vai chegar às bombas nas próximas semanas e aliviar o bolso do consumidor.
O preço médio do etanol chegou a registrar até R$ 5,999 na região Sudeste, levando desespero ao consumidor. De acordo com o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), os preços do álcool dispararam devido à estiagem que ocorreu no verão.
“A produção não veio de forma consistente e, por isso, ocorreu um problema de oferta e demanda que fez o preço do etanol subir”, explicou Mario Campos.
Com o período de colheita da cana de açúcar e produção de etanol geralmente dentro do intervalo de abril e dezembro, o preço do biocombustível deveria estar em baixa, mas não é isso que o consumidor está vendo nos postos de combustível
Valor do biocombustível deve cair nas próximas semanas e aliviar o bolso do consumidor
Apesar da disparada no preço do etanol, o executivo pondera que houve produção — ainda que inferior à registrada nos anos anteriores — e, por isso, os preços devem cair em breve nos postos de combustível, e aliviar o bolso do consumidor.
“A redução vai chegar às bombas nas próximas semanas nos mercados onde o etanol é mais competitivo, como São Paulo, Paraná e Minas Gerais. No entanto, a paridade de preços com a gasolina deve ser menos comum em função da safra ter sido menor”, disse.
Mario Campos explica que o grande vilão para o aumento do preço do biocombustível não é apenas a seca no verão brasileiro, mas a disparada do açúcar no mercado internacional também contribuiu para a valorização do etanol. Ou seja, com os preços em alta no exterior, as usinas preferem exportar açúcar do que produzir etanol.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em abril, o Brasil exportou 1,904 milhão de toneladas de açúcares e melaços, 25,67% a mais do que em igual mês de 2020, quando foi embarcado um total de 1,515 milhão de toneladas.