Jorge Nuno Pinto da Costa foi ao PortoCanal falar da atualidade do FC Porto. O líder portista abordou vários temas, entre eles as recentes arbitragens nos jogos dos campeões nacionais na I Liga, a agressão do agente Pedro Pinho a um repórter de imagem da TVI, entre outros assuntos.
Agressão ao repórter da TVI: “Ia para cima e não na direção dos jornalistas. Vi que estavam a filmar e queria saber o que queria, limitei-me, calmamente, a perguntar se havia algum problema. Disseram que não e vim-me embora. Depois vi confusão mais abaixo, verifiquei que era o senhor Pedro Pinho a tentar tirar e a tapar a câmara ao repórter de imagem. A posição do FC Porto em relação a qualquer ato de agressividade, e atenção que não vi nenhuma agressão nem vi nenhuma imagem em que se veja o Pedro Pinho a agredir alguém. O que vi na altura foi ele a querer tirar a máquina e a tapá-la para não deixar filmar. Não vi nenhuma agressão. Mas qualquer ato de violência, rejeito, censuro e não posso tolerar”.
Ligação de Pedro Pinho ao FC Porto: “Pedro Pinho é portista, sócio, mas não tem nenhum cargo, é empresário de futebol que trabalha com muitos clubes e não só com o FC Porto. Vi na televisão que tinha faturado 16 milhões de euros com o FC Porto nos últimos anos, é totalmente mentira. Em cinco anos, faturou do FC Porto, por serviços prestados, porque vendeu por exemplo o Ricardo ao Leicester, 3 milhões e 300 mil euros. Mas também meteu nos cofres do FCP 7.5 milhões pelo empréstimo do Casemiro. São negócios. Vê-se tanta mentira que até fico assustado”.
Reações à agressão: “O presidente do Moreirense já disse que o Pedro Pinho foi convidado por ele, esteve a assistir ao jogo no camarote do filho, estava no seu pleno direito, tinha oito pessoas, nós também. Se fosse num pavilhão podiam estar duas mil pessoas, mas no futebol só podem estar oito de cada clube, por isso as coisas não progridem, mas sou contra a violência. Durante dois dias só tenho visto na televisão o Pedro Pinho, vi-o a querer tirar a máquina de filmar, só tenho visto programas por causa disso, o ministro da Educação já falou, toda a gente fala, o presidente do PSD falou… Há polícias que são barbaramente agredidos no seu trabalho, o repórter da TVI não podia estar onde estava, é um local interdito. Há polícias agredidos e alguma vez vi este aparato? Ministros, secretários de Estado… Tem de acontecer com um jornalista? Seja jornalista, pedreiro ou médico, sou contra a violência. Solidarizo-me pelo que se passou, estou totalmente solidário. Pelo que percebi, o repórter estava a querer filmar indevidamente, o Pedro Pinho esteve mal ao querer fazer as funções que cabiam ao Moreirense e ao delegado da Liga.”
Reações do Governo: “O país quase parou e até o Ministro da Educação veio dizer uma coisa absurda, que é por causa disto que é difícil haver público nos estádio. O senhor não deve estar bem. Deve estar perturbado por haver alunos sem aulas e professores sem serem vacinados”.
Críticas à atuação da GNR: “Estava lá mas vi o Pedro Pinho a passar com a gente em direção ao carro. Ouvi, ao contrário do que já ouvi dizerem, o repórter dizer uma vez “oh guarda!” e vi logo um guarda a ir para lá. Não confiam na GNR. A GNR presta a segurança no estádio, acabou o jogo e a GNR estava logo à volta do árbitro e foi preciso vir um segurança de um corpo policial, de pistola, que se via, para o pé do árbitro. Então não está lá a polícia, a GNR? É preciso todo aquele aparato? Nós é que pagamos isso, não é o árbitro que paga. É um voto de desconfiança à GNR. Era impensável para mim que acontecesse o que aconteceu. A GNR não pode olhar para todos os repórteres a pensar que vai acontecer o que acontece uma vez na vida. É absolutamente ridículo, é querer empolar o assunto e atirar culpa para a GNR. É fácil bater na GNR e na Polícia.”