A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (20) a quarta fase da Operação Curare, contra suspeitos de envolvimento em atos de corrupção e lavagem de capitais com recursos públicos destinados à Saúde de Cuiabá, na ordem aproximadamente de R$ 3 milhões. Ao todo, serão cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Chapada dos Guimarães, além da efetivação de medidas de sequestro de bens, direitos e valores dos alvos.
Como se apurou nas fases anteriores da operação, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas. Com o aprofundamento das investigações, apurou-se que uma das empresas era controlada, através de interposta pessoa, por um ex-servidor do alto escalão da gestão da saúde do Município.
As diligências demonstraram ainda que recursos do grupo empresarial, oriundos, em última instância, dos cofres municipais, foram empregados na aquisição de uma aeronave, que veio a se acidentar, quando supostamente estava em uso por pessoas ligadas ao ex-servidor.
Operação Curare
A operação foi deflagrada em julho de 2022. À época, foram afastados o secretário de Saúde Célio Rodrigues e o interino da Secretaria de Gestão, Alexandre Beloto.
Segundo a PF, a atuação do grupo investigado se concentra na prestação de serviços especializados em saúde em, especialmente em relação ao gerenciamento de leitos de unidade de terapia intensiva exclusivos para o tratamento de pacientes acometidos pela Covid-19. No ano passado, a PF apurou pagamentos ao grupo que superam R$ 100 milhões entre os anos de 2019 a 2021.
Fonte: https://odocumento.com.br