Palestra traz orientações sobre o manejo da cigarrinha do milho.

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Com o objetivo de orientar sobre o manejo da cigarrinha do milho recomendado pela Epagri, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) promoveu nesta segunda-feira (25), juntamente com o órgão, uma palestra sobre o tema. O evento contou com a presença dos presidentes e membros da diretoria dos Sindicatos Rurais, prestadores de serviços técnicos e instrutoria do SENAR/SC, produtores rurais e associados aos Sindicatos Rurais do Estado.

Na abertura, o presidente do Sistema FAESC/SENAR-SC, José Zeferino Pedrozo, aproveitou para cumprimentar a presidente da Epagri Edilene Steinwandter, por integrar a lista da Forbes que elegeu as 100 mulheres poderosas do agro brasileiro. “É um orgulho para nós ver seu nome na relação que destaca mulheres na produção de alimentos, pesquisa, empresas, foodtechs, consultorias, instituições financeiras, política, entidades, grupo e influenciadoras digitais. A Edilene foi uma grata revelação na Epagri e sua presença está contribuindo para unir ainda mais as lideranças do agro”

Pedrozo também destacou a importância da palestra sobre cigarrinha do milho ao comentar que, embora muitas medidas já tenham sido tomadas, é necessário intensificar as ações para reduzir e acabar com a disseminação da praga. 

Após agradecer o reconhecimento e valorizar o trabalho de muitas pessoas que fazem parte da conquista, Edilene falou sobre os esforços para acabar com a cigarrinha. Lembrou que a situação foi agravada pela estiagem e, por isso, foi criado Comitê de Ação contra Cigarrinha do milho e Patógenos Associados, que reúne a EPAGRI, UDESC, CIDASC, OCESC, FETAESC, FAESC, CROPLIFE BRASIL e Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural. 

O comitê é responsável pelo o Monitora Milho SC – Programa de monitoramento das populações de cigarrinha de milho e patógenos associados que disponibiliza informações atualizadas no site da Epagri. “Nossa intenção é criar um aplicativo para facilitar, tanto aos produtores quanto aos técnicos, o acesso às informações no dia a dia”, completou Edilene.    

“CIGARRINHA DO MILHO: MANEJO RECOMENDADO PELA EPAGRI” 

Em seguida, o pesquisador da Epagri/Cepaf, Dr. Leandro do Prado Ribeiro, que é um dos coordenadores do programa de monitoramento, proferiu a palestra “Cigarrinha do milho: manejo recomendado pela Epagri”. 

O palestrante destacou o histórico da cigarrinha, os impactos da praga nas culturas do milho, a incidência de cigarrinhas/complexo de enfezamento, o panorama da safra 2020/2021 em relação ao enfezamento, aspectos morfológicos, entre outros. Também aprofundou questões sobre o Monitora Milho SC, argumentando que o programa é fundamental para a tomada de decisões (adoção de controle químico), efetividade de manejo na próxima safra e estudo de distribuição espaço-temporal do vetor e da doença. 

Segundo ele, são disponibilizados boletins semanais com informações sobre a incidência do inseto-vetor em diversos pontos monitorados em Santa Catarina.  O boletim é destinado aos produtores de milho e técnicos que atuam com esta cultura. Quem perceber que sua região está com a presença de insetos infectivos, poderá procurar o escritório da Epagri em seu município para obter as recomendações adequadas de manejo, levando em consideração as boas práticas recomendadas.

Ribeiro também trouxe dicas para de manejo da cigarrinha e dos enfezamentos do milho. Confira:

  •  Elimine o milho voluntário (figueira) e manter o campo sem plantas daninhas; 
  • Não semeie ao lado de figueiras adultas apresentando sintomas de enfezamento; 
  • Utilize cultivares de milho com maior tolerância aos enfezamentos; 
  • Utilize sementes de milho certificadas e tratadas com produtos registrados; 
  •  Respeite o período de semeadura do milho para cada região; 
  • Monitore a presença da cigarrinha entre as fases VE – V8 e aplique os métodos de controle recomendados;
  •  Rotacione os modos de ação para evitar resistência; 
  • Controle a qualidade da colheita e evite a perda de espigas e grãos;
  • Transporte corretamente o milho colhido; 
  • Faça rotação de cultivos e evite a semeadura sucessiva de gramíneas.