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Obras de arte, relógios e vinhos da Lava Jato vão a leilão

Obras de arte, relógios e vinhos da Lava Jato vão a leilão

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, vai leiloar virtualmente quatro obras de arte, 22 garrafas de vinho e 15 relógios de luxo apreendidos em operações da Polícia Federal contra os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, da Lava Jato. Os lances, abertos até o dia 31 de maio, variam entre R$ 500 e R$ 280 mil. O recurso arrecadado é destinado aos cofres públicos.

Entre as obras, há uma escultura de bronze do artista Alfredo Ceschitti, “A Mulher Deitada”, apreendida em uma operação no Rio de Janeiro e avaliada a partir de R$ 50 mil. O artista é autor de obras localizadas em prédios projetados por Oscar Niemeyer, em Brasília, como “A Justiça”, em granito, que fica em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal.

Também estão disponíveis o quadro “Ouço vozes que se perderam nas veredas que encontrei”, da artista Beatriz Milhazes (a partir de R$ 280 mil); o quadro “Árvore”, do artista  Gonçalo Ivo, (R$ 80 mil), e o quadro “Chocolate”, do artista  Vik Muniz (R$ 60 mil).

Além das obras de arte, vão a leilão relógios italianos da marca Panerai e IWC Chronograph Português; lotes de vinho Mouton Rothschild Safra 2010, Mouton Rothschild Safra 2002, a partir de R$ 8.840,00.

O leilão é virtual e foi autorizado pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Entre os itens que são leiloados há alguns que pertenceram ao ex-presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio Orlando Diniz, delator da Lava Jato.

Os relógios e vinhos podem ser inspecionados até 28 de maio nos endereços indicados no anúncio disponível na página do leiloeiro oficial Brame Leilões. Os quadros e a escultura, por razões de segurança e conservação, se encontram em galerias de arte e não estão disponíveis para visitação. As obras possuem documentos que comprovam a autenticidade e originalidade.

Em julho de 2020, o Ministério da Justiça e Segurança Pública leiloou 15 diamantes e 5 barras de ouro apreendidos de crimes de lavagem e de corrupção envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral. O leilão rendeu mais de R$ 4,6 milhões aos cofres públicos. 

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