Entramos em 2021 sem muita perspectiva no futebol. Sejamos sinceros. Clubes com os cofres vazios, patrocinadores se afastando, qualidade técnica do futebol muito baixa, pandemia sem prognósticos e estádios sem torcida. É verdade que os clubes estão fazendo milagres para a sobrevivência. As autoridades tentando solucionar a saúde do povo com as vacinas que chegaram, mas as informações dizem que vamos ainda atravessar um ano de muita dificuldade e perigoso.
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Incluem-se em tudo isso o futebol catarinense, que entre mortos e feridos, teve dois clubes que podem e devem festejar o momento: Chapecoense e Brusque. Os demais estão em processo de recuperação, e sabe Deus como.
Já analisei um por um aqui mesmo neste espaço e continuo a me perguntar: O que deu errado? Precisaríamos de muito espaço para um profundo entendimento de cada um dos nossos clubes chamados grandes.
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2020: na história
Foi um ano atípico, com a chegada do coronavírus. A começar pelo calendário do futebol, que não conseguiu terminar as competições no mesmo ano. Férias de dezembro/janeiro foram marcadas como gozadas em meio à paralisação do futebol. Agora, emendamos um campeonato no outro, atravessamos o ano, jogos uma partida em cima da outra, pouca qualidade e um profundo desgaste físico dos atletas.
2021: pouca perspectiva
Ano de classificar o Brasil para a Copa de 2022, no Catar. Estamos no caminho. O Estadual catarinense terá mais dois clubes, aumentando o número de participantes para 12, quando o correto seria diminuir para oito. Teríamos uma competição mais técnica e melhor financeiramente, quem sabe. A decisão do Mundial de Clubes com provavelmente um time brasileiro contra o Bayer de Munique. Será que dá?
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Jogos olímpicos
Dizem que o evento é o maior do planeta, superando até mesmo uma Copa do Mundo de futebol. Discordo. Múltiplas modalidades esportivas em disputa simultaneamente dão a impressão do gigantismo do evento. É, na verdade, um espetáculo a realização de uma Olimpíada. Espera-se muito do Japão. Tenho certeza que o país se preparou para isso. E o Brasil? O que esperar? Alguma surpresa de última hora, quem sabe. Estamos muito longe de uma Olimpíada.
Centenário
Em meio à recuperação do clube, com uma gestão comprometida, o Figueirense se prepara para comemorar 100 anos de existência. Será em junho. É logo ali. Neste momento, a uma preocupação maior: manter o time na Série B do Brasileiro deste ano. Depois, quem sabe, o titulo estadual em meio às comemorações do centenário. Devolver o clube à cidade, de forma a ter uma existência saudável, e nunca mais entregá-lo a pessoas ou grupos que nada têm a ver com o futebol, nem com a cidade ou o Estado.
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E a FCF?
Ouvi muitos comentários a respeito da ausência do ex-presidente Delfim de Pádua Peixoto Filho durante a paralisação do futebol. A forma de atuar e a experiência de 30 anos teria feito a coisa acontecer. Acho difícil. Do jeito que a situação se colocou, não havia muito o que fazer, pois as determinações não eram apenas do futebol, e sim das autoridades de saúde do país.
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O presidente
Os tempos são outros. O estilo mudou. Rubens Angelotti se adaptou rápido ao cargo que ele conhecia a distância. Restabeleceu o relacionamento com a CBF, que estava deteriorado, conseguiu auxílio financeiro para manter em atividade não só a entidade, mas o próximo futebol. Teve que adotar medidas drásticas, como demissão de funcionários e remanejamentos, para suportar o momento e atuou forte com os clubes na volta do campeonato. Não há como comparar. Há quem goste muito mais do estilo de Delfim, que encarava todas as paradas de peito aberto.
Toque do Bob
Museu: Estou ansioso para conhecer o museu de troféus de Florianópolis, organizado pela Fundação Municipal de Esportes. A pandemia ainda não permite. Homenageando o ex-atleta Orlando Pessi, o Torrado, ouvi maravilhas a respeito.
Vôlei: Louvores ao vôlei de Blumenau, que está enfrentando de igual os grandes clubes do país na Liga Nacional. Não é fácil!
Brusque: A cidade, especialmente a nova geração, comemorando o Brusque de 2020 e o atual que conquistou acesso para a Série B do Brasileiro. E o simpático e tradicional Carlos Renaux, que voltou e subiu para a Série B do Catarinense. Falta o Paysandu retornar aos gramados.
Será que vai?: Nas mãos competentes do técnico Vinicius Eutrópio o Joinville vai se preparando para o Estadual deste ano, usando a Copa SC para ajuste da equipe.
Estádio: A dificuldade do Metropolitano em não ter um estádio para mandar os jogos do Estadual me faz lembrar de um ex-prefeito de Blumenau, Daltos Reis. Por que? Dalton foi apresentador de telejornais da TV Cultura em Florianópolis quando estudava na UFSC. Voltou e se elegeu prefeito. Tentou construir um estádio de futebol na cidade. Me ligou. Fui à solenidade de apresentação da maquete. Linda. Não vingou.