O que deu errado? | Roberto Alves

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O que deu errado? | Roberto Alves

Entramos em 2021 sem muita perspectiva no futebol. Sejamos sinceros. Clubes com os cofres vazios, patrocinadores se afastando, qualidade técnica do futebol muito baixa, pandemia sem prognósticos e estádios sem torcida. É verdade que os clubes estão fazendo milagres para a sobrevivência. As autoridades tentando solucionar a saúde do povo com as vacinas que chegaram, mas as informações dizem que vamos ainda atravessar um ano de muita dificuldade e perigoso.

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Incluem-se em tudo isso o futebol catarinense, que entre mortos e feridos, teve dois clubes que podem e devem festejar o momento: Chapecoense e Brusque. Os demais estão em processo de recuperação, e sabe Deus como.

Já analisei um por um aqui mesmo neste espaço e continuo a me perguntar: O que deu errado? Precisaríamos de muito espaço para um profundo entendimento de cada um dos nossos clubes chamados grandes.

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2020: na história

Foi um ano atípico, com a chegada do coronavírus. A começar pelo calendário do futebol, que não conseguiu terminar as competições no mesmo ano. Férias de dezembro/janeiro foram marcadas como gozadas em meio à paralisação do futebol. Agora, emendamos um campeonato no outro, atravessamos o ano, jogos uma partida em cima da outra, pouca qualidade e um profundo desgaste físico dos atletas.

2021: pouca perspectiva

Ano de classificar o Brasil para a Copa de 2022, no Catar. Estamos no caminho. O Estadual catarinense terá mais dois clubes, aumentando o número de participantes para 12, quando o correto seria diminuir para oito. Teríamos uma competição mais técnica e melhor financeiramente, quem sabe. A decisão do Mundial de Clubes com provavelmente um time brasileiro contra o Bayer de Munique. Será que dá?

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Jogos olímpicos

Dizem que o evento é o maior do planeta, superando até mesmo uma Copa do Mundo de futebol. Discordo. Múltiplas modalidades esportivas em disputa simultaneamente dão a impressão do gigantismo do evento. É, na verdade, um espetáculo a realização de uma Olimpíada. Espera-se muito do Japão. Tenho certeza que o país se preparou para isso. E o Brasil? O que esperar? Alguma surpresa de última hora, quem sabe. Estamos muito longe de uma Olimpíada.

Centenário 

Em meio à recuperação do clube, com uma gestão comprometida, o Figueirense se prepara para comemorar 100 anos de existência. Será em junho. É logo ali. Neste momento, a uma preocupação maior: manter o time na Série B do Brasileiro deste ano. Depois, quem sabe, o titulo estadual em meio às comemorações do centenário. Devolver o clube à cidade, de forma a ter uma existência saudável, e nunca mais entregá-lo a pessoas ou grupos que nada têm a ver com o futebol, nem com a cidade ou o Estado.

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E a FCF?

Ouvi muitos comentários a respeito da ausência do ex-presidente Delfim de Pádua Peixoto Filho durante a paralisação do futebol. A forma de atuar e a experiência de 30 anos teria feito a coisa acontecer. Acho difícil. Do jeito que a situação se colocou, não havia muito o que fazer, pois as determinações não eram apenas do futebol, e sim das autoridades de saúde do país.

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O presidente 

Os tempos são outros. O estilo mudou. Rubens Angelotti se adaptou rápido ao cargo que ele conhecia a distância. Restabeleceu o relacionamento com a CBF, que estava deteriorado, conseguiu auxílio financeiro para manter em atividade não só a entidade, mas o próximo futebol. Teve que adotar medidas drásticas, como demissão de funcionários e remanejamentos, para suportar o momento e atuou forte com os clubes na volta do campeonato. Não há como comparar. Há quem goste muito mais do estilo de Delfim, que encarava todas as paradas de peito aberto.

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Toque do Bob

Museu: Estou ansioso para conhecer o museu de troféus de Florianópolis, organizado pela Fundação Municipal de Esportes. A pandemia ainda não permite. Homenageando o ex-atleta Orlando Pessi, o Torrado, ouvi maravilhas a respeito.

Vôlei: Louvores ao vôlei de Blumenau, que está enfrentando de igual os grandes clubes do país na Liga Nacional. Não é fácil!

Brusque: A cidade, especialmente a nova geração, comemorando o Brusque de 2020 e o atual que conquistou acesso para a Série B do Brasileiro. E o simpático e tradicional Carlos Renaux, que voltou e subiu para a Série B do Catarinense. Falta o Paysandu retornar aos gramados.

Será que vai?: Nas mãos competentes do técnico Vinicius Eutrópio o Joinville vai se preparando para o Estadual deste ano, usando a Copa SC para ajuste da equipe.

Estádio: A dificuldade do Metropolitano em não ter um estádio para mandar os jogos do Estadual me faz lembrar de um ex-prefeito de Blumenau, Daltos Reis. Por que? Dalton foi apresentador de telejornais da TV Cultura em Florianópolis quando estudava na UFSC. Voltou e se elegeu prefeito. Tentou construir um estádio de futebol na cidade. Me ligou. Fui à solenidade de apresentação da maquete. Linda. Não vingou.

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