Familiares das vítimas suspeitas de terem morrido por covid-19 junto às valas comuns abertas no contexto da pandemia, em Manaus, Brasil
MICHAEL DANTAS
No dia em que os brasileiros ultrapassaram a dramática marca de 300 mil mortos por covid-19, o neurocientista Miguel Nicolelis alertou para os enormes riscos que o Brasil representa. Depois do colapso geral do sistema de saúde, teme o colapso funerário, com a acumulação de cadáveres e consequente contaminação de solos e águas e aparecimento de infeções secundárias. Em entrevista ao Expresso, diz que o país precisa de ajuda e já, sob pena de toda a comunidade internacional ser afetada
Há um ano, o médico e neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, radicado nos Estados Unidos, onde leciona na Duke University, deslocou-se a São Paulo para resolver questões familiares. Nunca mais conseguiu sair. O agravamento da pandemia mantém-no em quarentena, fechado em casa, desde então. Assume que tem medo do vírus e da situação do seu país natal, mas nem por isso deixa de ser um dos mais ativos a alertar a opinião pública para os riscos que a situação da pandemia no Brasil representa para todo o mundo. Conversou ao telefone com o Expresso nesta quarta-feira à noite, ao mesmo tempo que os jornais brasileiros noticiavam a ultrapassagem da marca dos 300 mil mortos.
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