O adeus a Paulo Magro, um dirigente acima da média | Roberto Alves

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O adeus a Paulo Magro, um dirigente acima da média | Roberto Alves

Conheci Paulo Ricardo Magro numa reunião nos estúdios da NSC TV no Morro da Cruz, em Florianópolis. Participavamos de uma reunião da NSC Comunicação com objetivo de fortalecer o futebol catarinense, pois estávamos prestes a realizar mais um campeonato estadual.

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Paulo participava, quem sabe, de uma primeira grande reunião como presidente da Chapecoense, pois tinha recentemente sido eleito. Foi ele a estrela da reunião, quando interviu numa discussão entre presidentes restabelecendo o objetivo do encontro e a sua importância.

Paulo Magro fez saber ao futebol através dos dirigentes presentes o que representava para todos ter a imprensa seu lado sem que ela tivesse qualquer tipo de cerceamento e liberdade de expressão.

Estava ali um dirigente maduro identificado e comprometido com o futebol e sabedor da velha e boa frase: “Nenhum elogio é válido se não for permitida a critica”.

Fiquei a olhá-lo e imaginar que estava a nossa a frente um dirigente que mostrava uma grande experiência e estava dando aula aos demais há mais tempo no futebol.

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Paulo Magro, comandou a Chapecoense no estadual num momento de recuperação do futebol e do próprio clube com problemas sérios financeiros nunca enfrentados.

Foi campeão estadual depois de uma classificação em oitavo lugar. Foi para o campeonato brasileiro com algumas mudanças mas sempre com pulso firme em suas determinações.

Campanha irretocável, liderança alcança e mantida até o momento , classificação para voltar a serie A que ele acabou não vendo mas sabia que iria acontecer e quem sabe o titulo da Série B.

Neste ano conversamos com ele em duas oportunidades na CBN Diário. No Debate Diário e no Estádio CBN. Dois momentos importantes em que ele cancelou compromissos para falar de futebol e da sua Chape. Sempre com opiniões arejadas e atuais.

A noticia da sua morte nos deixa mais pobre em todos os sentidos. Perde não só a família e os amigos mas a cidade, o Estado, o futebol e o cidadão que todos nós perdemos.

Uma grande homenagem está prevista nesta quinta-feira em Chapecó dentro dos padrões de cuidados especiais contra o Covid19. Luto oficial na cidade e em Santa Catarina com manifestações de todos os clubes, afinal ele foi eleito por unanimidade vice presidente da Associação Catarinense de clubes de futebol profissionais, recentemente.

Paulo nasceu em 4 de setembro de 1961, tinha 59 anos de idade. Tinha muito o que dar ainda ao futebol.

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