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‘Não vou permitir questões de gênero em livros didáticos’, dispara ministro da Educação.

‘Não vou permitir questões de gênero em livros didáticos’, diz ministro da Educação

Em cerimônia de lançamento do cronograma para a implantação do novo Ensino Médio no país, o ministro da Educação Milton Ribeiro disse que não admite questões de gênero em livros didáticos para crianças de 6 anos.

“Não vou permitir que em livros didáticos a gente posso levar questões de gênero para crianças de 6 anos de idade, tudo tem o seu tempo certo, não podemos violentar a inocência das crianças” declarou. “

Ricardo Velez Rodriguez é mestre e doutor em Filosofia pela PUC e formado em Teologia pelo Seminário Conciliar de Bogotá. (Foto: Nossa Política).

Novo ministro da Educação é teólogo e contra a ideologia de gênero.

Respeito as decisões dos adultos, mas discordo de falar para uma criança que ela pode ser menino ou menina aos 6 anos de idade, esse é um compromisso de valores que nosso governo tem e não vamos abrir mão.”
Durante o evento, realizado no auditório do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), nesta quarta-feira (14), Ribeiro fez um balanço de seu trabalho que completou um ano à frente da pasta.

 

Ideologia de gênero é ‘nefasta’, diz Ricardo Nunes, novo prefeito de São Paulo.

Promessa de veto em São Paulo
Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) se comprometeu a vetar um trecho de um projeto de lei do vereador Eduardo Suplicy (PT) que abriria as portas para o ensino da “identidade de gênero” nas escolas públicas do município.
Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo. (Foto: Leon Rodrigues/Prefeitura SP)
O projeto, aprovado há duas semanas, foi apresentado em 2018 e tratava originalmente de outro tema. A proposta cria um marco regulatório para a economia solidária, que inclui cooperativas e outras iniciativas que não visam o lucro. Mas a versão final do texto de Suplicy incluiu, dentre os princípios da economia solidária, a

 “garantia de direitos e promoção dos direitos humanos nas relações, notadamente com equidade de direitos de gênero, geração, raça, etnia, orientação sexual e identidade de gênero”.

A menção à “identidade de gênero” é um endosso à ideia de que sexo e gênero são coisas distintas, e de que alguém nascido homem pode passar a se identificar como mulher – mesmo que não faça qualquer procedimento cirúrgico – e vice-versa.
Mais adiante, o artigo 10 do projeto estabelece que “os estabelecimentos de ensino da Rede Municipal de Educação deverão abordar, de forma interdisciplinar, o conteúdo e os princípios da Economia Solidária”. Como o respeito à “identidade de gênero” é listado como um desses princípios, o dispositivo abriria as portas para o ensino da ideologia de gênero em sala de aula.

Mobilização

Nos últimos dias, grupos conservadores se manifestaram em frente à prefeitura para pedir que o prefeito vetasse os trechos do projeto. Ricardo Nunes também foi procurado por vereadores da bancada cristã, contrários ao texto. E foi numa reunião com o grupo, nesta quarta-feira, que ele se comprometeu a vetar o projeto. Em um vídeo do encontro, divulgado pelo vereador Rinaldi Digilio (PSL), o prefeito afirmou: “Nas escolas municipais, nós teremos o que tem que ser feito como está no plano de educação, que é ensinar as crianças a parte didática, pedagógica que lá está”.O trecho que deve ser vetado refere-se apenas ao artigo 10. Ou seja: a “identidade de gênero” continua sendo parte do projeto da economia solidária, mas as escolas municipais não terão mais que ensinar sobre o assunto.
O prefeito Ricardo Nunes assumiu o cargo em definitivo em maio, após a morte de Bruno Covas (PSDB). Católico, ele se opôs à ideologia de gênero durante seu mandato como vereador na capital paulistana.

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