“Nada está adquirido”. Governo não fala sobre desconfinamento

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“Nada está adquirido”. Governo não fala sobre desconfinamento

A ministra da Saúde, Marta Temido, está preocupada com o “relaxamento” dos portugueses, apesar da descida dos números. “Este é o momento de conter a doença”, apelou, após a reunião no Infarmed. Embora tenha dito que o desconfinamento ainda não é para já, admitiu que o Governo está a “refletir” sobre as datas para iniciar o processo.

Sublinhando que ainda não é tempo de falar em desapertar o cinto das medidas de combate à pandemia, Temido disse que, apesar da velocidade de transmissão da doença (o Rt) ser atualmente a mais baixa da Europa, é preciso ter em conta o nível de internamentos hospitalares, que ainda são altos.

Marta Temido referiu ainda um aumento ligeiro do índice de mobilidade na última semana, um sinal de relaxamento que causa preocupação. “Temos valores que resultam de um esforço. Se esse esforço se inverter, voltaremos a atingir números de incidência e de risco efetivo de transmissão que não são compatíveis com o que precisamos de garantir”, alertou.

A governante revelou também que a Direção-Geral da Saúde e o Instituto Ricardo Jorge estão a preparar as regras de utilização de teste PCR com saliva, um recurso novo que deverá avançar esta semana.

Governo a “refletir” sobre data do desconfinamento

Depois da insistência das perguntas sobre o desconfinamento, Temido foi clara: “Este é o momento de conter a doença”, afirmou, insistindo na necessidade de não falar ainda em aliviar medidas e deixando uma “nota de preocupação de algum relaxamento sem alteração legislativa para o confinamento”.”Nada disto está adquirido, tudo depende de cada um de nós e de medidas combinadas”, salientou.

Apesar disso, referiu a ministra, o Governo está já a “refletir” acerca das datas para dar início à reabertura do país. Sobre esse tema, avisou que o país não pode “passar de um extremo a outro num tempo que não é compatível com o controlo da pandemia”.

Marta Temido afirmou também que as novas variantes do vírus e o nível de internamentos em UCI preocupam o Governo.”

Reabertura começará pelo ensino

Ainda assim, repetindo aliás o que já foi várias vezes afirmado pelo Governo, as escolas serão as primeiras a reabrir atividade. “Tendo o Governo referido várias vezes que o último encerramento que desejaria ter feito era o das atividades escolares é coerente que se pense que num processo contrário também pelas atividades escolares e iniciará o processo”, disse.

O Executivo está a pensar sobre cenários “em que se deve começar a equacionar” um alívio de medidas e “todas as hipóteses neste contexto são hipóteses de cenários que são possíveis”, declarou ainda Temido. Mas salientou uma vez mais: “Este não é o momento de falar de tempos ou de modos, lá chegaremos”.

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