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Mudanças Climáticas: Um Futuro Desafiador para as Crianças

Segundo a UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância – agência das Nações Unidas responsável por fornecer recursos humanitários e de desenvolvimento para ajuda a crianças em todo o mundo, existe um futuro desafiador esperado para as crianças em 2050 em um mundo transformado por crises climáticas extremas, mudanças populacionais e disparidades tecnológicas.

Em seu relatório no Dia Internacional das Crianças a UNICEF alertou: “O futuro da infância está em jogo se não forem tomadas medidas urgentes para salvaguardar os direitos das crianças em um mundo em mudança“.

ONU reconhece o dia 20 de novembro como o Dia Mundial da Criança, por ser a data em que foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos da Criança em 1959 e a Convenção dos Direitos da Criança em 1989.

O relatório afirma que: “As crianças estão passando por uma série de crises, desde choques climáticos até perigos online, e elas devem se intensificar nos próximos anos“, disse a diretora executiva do UNICEF, Catherine Russell. “As projeções deste relatório demonstram que as decisões que os líderes mundiais tomam hoje – ou deixam de tomar – definem o mundo que as crianças herdarão. Criar um futuro melhor em 2050 requer mais do que apenas imaginação, requer AÇÃO. Décadas de progresso, principalmente para as meninas, estão ameaçadas” – O que me remete ao ODS 5 – Igualdade de Gênero, cujo objetivo é: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.

A crise climática é gravíssima. De acordo com o relatório, na década de 2050-2059, espera-se que as crises climáticas e ambientais se tornem ainda mais generalizadas, com oito vezes mais crianças expostas. Esses riscos climáticos irão afetar as crianças e isso vai depender da idade, saúde, ambiente socioeconômico e acesso a recursos.

O relatório ressalta a necessidade urgente de ações ambientais direcionadas para proteger todas as crianças e mitigar os riscos que enfrentam.

Sobre o impacto da IA – Inteligência Artificial: o relatório reconhece que as tecnologias de fronteira – como a Inteligência Artificial (IA) – oferecem promessas e perigos para as crianças, que já estão interagindo com a IA incorporada em aplicativos, brinquedos, assistentes virtuais, jogos e software de aprendizagem.

O documento da UNICEF ainda ressalta a importância de centralizar os direitos da criança, conforme descrito na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, em todas as estratégias, políticas e ações. O documento pede que os desafios e oportunidades colocados pelas três mega tendências sejam enfrentados:

  1. Oferecer conectividade e design de tecnologia segura para todas as crianças.
  2. Investir em educaçãoserviços e cidades sustentáveis e resilientes para as crianças.
  3. Expandir a resiliência climática em infraestrutura, tecnologia, serviços essenciais e sistemas de apoio social.

Importante ressaltar que:

Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em mais de 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos.

Vale muito ressaltar ainda que o UNICEF parabenizou o governo brasileiro por incluir crianças na nova NDC – Contribuições Nacionalmente Determinadas do País ao Secretário-Executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) Compromisso este oficializado durante a COP29. Sendo que é o primeiro em que o Brasil menciona, explicitamente, a importância de considerar os direitos de crianças na agenda climática.

“Ao colocar a proteção dos direitos da infância e das futuras gerações, explicitamente, como um dos objetivos da NDC, o Brasil dá um passo importante e assume um compromisso exemplar com o presente e o futuro do País”, afirma Youssouf Abdel-Jelil, representante do UNICEF no Brasil“.

CONTRIBUIÇÃO IMPORTANTE DE MATO GROSSO:

Foi aprovado pela ALMT – Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso, através da CST – SEMC-MT, presidida pelo Deputado Julio Campos junto com a Deputada Janaína Riva, o curso de Educação Ambiental, para ser ministrado nos 12 pólos de planejamento da SEPLAN, cujos autores da proposta são: Eduardo Cairo Chiletto (este que vos escreve), e os funcionários do gabinete da Deputada Janaína Riva – Tania Mara Arantes Figueira e Peninha – Vivaldo Marcório. O mesmo será ministrado para Prefeitos – Vereadores – Sec. Municipais de Educação, Meio Ambiente e Agricultura, Diretores de Escolas Municipais, Estaduais e Privadas, Presidentes de Associações e Sindicatos Rurais. E será iniciado em Março/2025.

Partimos da premissa que a Educação é a principal disseminadora do conhecimento e, desta forma, capacitaremos conforme orientação da COP 28 a incorporar a educação ambiental nos currículos escolares nas estratégias climáticas. Assim como desenvolver políticas educativas inteligentes em termos climáticos e; reforçar o financiamento para sistemas educativos resilientes ao clima.

DESAFIO A SER ALCANÇADO:

ODS 4 – Educação de Qualidade – “Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”.

Estudos da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura de 2021 mostram que, embora 95% dos professores de ensino fundamental e médio entrevistados acreditam que o ensino da mudança climática é importante, entretando, menos de 30% têm recursos suficientes para ensiná-lo. Ademais, 70% dos jovens afirmaram ter dificuldades para explicar o que é mudança climática.

A EDUCAÇÃO COMO AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO ENVOLVE:

Governança Escolar: Envolve a criação de políticas e a alocação de recursos para garantir sustentabilidade.

Instalações e Operação: Concentra-se  na implementação de práticas  sustentáveis na  infraestrutura física e nas operações diárias da escola.

Ensino e aprendizado: Significa integrar a educação para o desenvolvimento sustentável no  currículo e na pedagogia.

Envolvimento com a Comunidade: Escolas Verdes envolver-se com a comunidade local  para ampliar os esforços de sustentabilidade.

Educação Ambiental é indispensável nas escolasa partir do momento que as crianças entram nas escolas… Esse momento inicial faz toda diferença na construção das personalidades e caráter, que com certeza eles levarão para toda a sua vida. As escolas que têm no seu planejamento e ações diárias um programa de Educação Ambiental, deixam um legado forte nas mentes desses jovens cidadãos, que irão replicar em todos os momentos da sua caminhada de vida. Inclusive orientando seus pais para o Desenvolvimento Sustentável.

No atual momento, a crise de sustentabilidade do planeta precisa tirar do papel e dos discursos as propostas. Os projetos precisam de uma parceria inquestionável para a efetivação dos mesmos. Principalmente com a implementação dos 17 ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, inclusive com a implantação dos Planos Diretores Participativos em TODOS os municípios, em parceria com os Governos Estaduais. Dentre as principais ações: o Curso de EDUCAÇÃO AMBIENTAL nas escolas: desde a Pré-escola (educação infantil), Ensino Fundamental, Ensino Médio e Universidades (cursos de graduação, pós-graduação, extensão e sequenciais).

Como disse Mahatma Gandhi: “Seja a mudança que você quer ver no mundo“.

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” (Geraldo Vandré: Para não dizer que não falei das flores).

Eu acredito! E precisamos de ajuda de quem também acredita…

Eduardo Cairo Chiletto

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