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MT exporta US$ 70,9 milhões em madeira em 2023 e busca ampliar mercado na China e Índia

Vendas de madeira mato-grossense para outros países movimentaram US$ 70,9 milhões neste ano. Comparado com os demais estados exportadores brasileiros, Mato Grosso ocupa o 4º lugar no ranking nacional, ao embarcar 68.677 toneladas do produto florestal para o exterior, de janeiro a setembro de 2023.

No contexto global, China e Índia se destacam como importantes consumidores de produtos madeireiros, extraídos de áreas com projeto de manejo florestal sustentável. Neste ano, até setembro, a Índia adquiriu 38.101 toneladas de madeira de Mato Grosso pelo montante de US$ 20,5 milhões e a China importou 8.964 toneladas do produto ao valor total de US$ 6,8 milhões, conforme estatísticas do sistema Agrostat do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Neste mesmo intervalo, o Brasil direcionou 6 milhões de toneladas de madeira para o exterior e que resultaram em US$ 3 bilhões faturados. À frente de Mato Grosso, os maiores saldos de exportação de produtos florestais em 2023 são atribuídos a Santa Catarina (US$ 1 bilhão), Rio Grande do Sul (R$ 436,7 milhões) e Pará (US$ 177,1 milhões), incluindo madeira nativa e de florestas plantadas em todos os estados.

Outro dado importante apontado pelo presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius é sobre o volume de exportação para a Índia ser basicamente de madeira de reflorestamento, da espécie Teca. “Precisamos inserir nesse volume madeiras nativas, de origem de Manejo Florestal Sustentável”, defendeu Blasius.

Com foco no fomento e ampliação de negócios, empresários do setor de base florestal de Mato Grosso irão participar nos dias 21 e 22 deste mês do Fórum Global da Madeira, em Macau, na China. O presidente Cipem, lidera a comitiva empresarial.

Antes de embarcar para o país asiático, Blasius participou de reunião com a equipe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Durante o encontro, realizado na terça-feira (31), em Brasília, o presidente do Cipem destacou o processo de produção sustentável de madeira rastreada por meio do manejo florestal. Apresentou um catálogo de 13 indústrias mato-grossenses aptas à exportação de produtos florestais, adequadas às normas e legislações e com potencial de atender a demanda consumidora da China.

Blasius também esteve reunido com a ministra e conselheira Econômica e Comercial da Embaixada da China no Brasil, Shao Yingjun para apresentar e debater propostas de parceria visando a promoção comercial da madeira mato-grossense. Na sequência, o presidente do Cipem também participou de reunião com o diretor da Divisão Comercial da Índia, Suraj Jadhav. Na ocasião, falou sobre o potencial produtivo de madeira e tratou das condições para inserção dos produtos florestais de Mato Grosso naquele país.

Novas missões de negócios dos empresários de base florestal estão programadas para ocorrer em 2024 com destino à China e à Índia. “Faz parte do planejamento estratégico do Cipem aumentar as exportações de madeira para estes dois países asiáticos, uma vez que Mato Grosso tem variedade, qualidade, volume e boa procedência de produtos florestais para suprir a demanda consumidora internacional”, destaca Blasius. “A China está muito interessada em nossos produtos e irá nos ajudar a organizar uma nova missão no ano que vem”, conclui.

No próximo ano, empresários do setor de base florestal de Mato Grosso também participam de feira de negócios em Nantes, na França, além da 10ª edição da Feira Internacional da Indústria de Móveis e Madeira (ForMóbile), de 2 a 5 de julho, em São Paulo.

Quase metade do total de municípios de Mato Grosso possui indústrias do setor de base florestal. Ao todo, são 66 cidades ou 46,8% dos 141 municípios mato-grossenses com empresas do ramo, destacando-se a produção de tora, especialmente nos municípios de Colniza e Aripuanã, que lideram com participação de 0,6% e 18%, respectivamente, na produção estadual, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

FONTE:https://odocumento.com.br/

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