O Ministério Público de Mato Grosso (MPE-MT) arquivou por falta de provas a denúncia contra o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), sobre uma suposta coação de servidores durante as eleições de 2020.
A decisão é do último dia 10 de fevereiro e é assinada pela promotora de Justiça Lindinalva Correia Rodrigues.
Consta nos altos que, o ex-vereador Abílio Brunini e então candidato à prefeito de Cuiabá, apresentou um link redirecionado para um vídeo em sua página no Facebook, cujo o conteúdo apresentava um suposto áudio de dois servidores ameaçando servidores para votar em Emanuel. Abílio tentava com ao áudio um terceiro tuno das eleições após derrota.
O vídeo atribui a gravação a então secretária-adjunta de atenção básica de saúde, Miriam Pinheiro (falecida no dia 26 de março de 2021) e o coordenador de Atenção Primária, Gilson Guimarães. Miriam na época ficou muito abalada com os áudios que foram usados durante a campanha eleitoral, mesmo após sua morte Abílio ainda continuou postando os áudios em sua rede social.
Segundo o documento, Abílio apresentou apenas o link para o conteúdo, sem qualquer indicação de elementos fatídicos como: datas, locais e outras informações que permitissem identificar os supostos fatos ilícitos praticados.
“Neste sentido seria temerário determinar a instauração de inquérito civil em face dos requeridos, embasado apenas na informação da prática de ilícito extraídas a partir de matéria publicada em rede social na internet, diante do exposto, pela ausência de elementos que autorizem a instauração de investigação para apurar eventual ato de improbidade administrativa, indefiro a instauração de procedimento no presente caso”, diz trecho da decisão da promotora.
Viúvo de Miriam diz que, Abílio foi e, é um grande covarde, pois sempre perseguiu sua esposa, ” Antes de Miriam falecer ela soube quem fez a gravação e ficou muito triste por se tratar de uma amiga de muitos anos, uma conversa de amigos terminar assim covardemente, ainda mais com ela que não tinha maldade com ninguém. Miriam passou por um período de 60 dias de angústia e muita humilhação tentando retornar ao trabalho. Mas agora a justiça foi feita, entes tarde do que nunca” finaliza, Serginho.