Monção e Melgaço são dois concelhos que partilham entre si uma sub-região da grande Denominação de Origem dos Vinhos Verdes. É assim desde a demarcação, em 1908. Poucas zonas de Portugal se podem orgulhar de um tão antigo reconhecimento da qualidade dos seus vinhos como estas terras à beira do rio Minho. É preciso recuar muitos séculos para encontrarmos as primeiras referências aos vinhos de Monção (às vezes surge como Monsão) e sempre com muitos atributos de qualidade. Não é por acaso, aliás estes méritos raramente são obra do acaso.
As características do solo e clima, a concha que esta região forma, protegida de leste para oeste por montanhas que lhe quebram a influência atlântica e dão ao clima uma faceta quase continental, muito quente nos dias de verão mas com noites frias, tudo ajuda para que algumas castas tenham encontrado aqui terreno fértil para medrarem. Hoje falamos muito da Alvarinho, mas essa é uma casta nova, algo que tem pouco mais de 80 anos de história. A fama e a tradição sempre impuseram os vinhos tintos de Monção como sendo originais e de excelsa qualidade. Eram vinhos claretes, ou seja, muito abertos de cor e feitos à base de castas que hoje alguns produtores teimam em não deixar morrer, como Alvarelhão, Brancelho ou Borraçal.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.
Artigo Exclusivo para assinantes
No Expresso valorizamos o jornalismo livre e independente
Já é assinante? Assine e continue a ler
Comprou o Expresso?
Insira o código presente na Revista E para continuar a ler