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Medeiros pede que Câmara organize comitiva oficial aos EUA para reverter tarifa de 50%

Para Medeiros, Lula é “inconsequente” e a solução diplomática é a volta de Bolsonaro à presidência

Após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, o deputado federal José Medeiros (PL) enviou uma carta ao presidente da Câmara dos Deputados sugerindo que o Congresso Nacional assuma o protagonismo institucional diante da crise diplomática, gerada por declarações e posicionamentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Medeiros defende a criação de uma comitiva oficial de parlamentares para ir a Washington, com o objetivo de refutar as ações do governo brasileiro e reafirmar que o Parlamento deseja manter a parceria comercial e diplomática histórica com os Estados Unidos, independentemente da agenda ideológica do Executivo.

“Conversei com o presidente Hugo e com o líder Sóstenes, dizendo que a história colocou o Parlamento no centro do tabuleiro. Diante desse vácuo de liderança, o Congresso precisa tomar a frente. Os atores que vinham conduzindo o processo político sumiram. O Alexandre entrou num buraco. O chefão da coisa toda sumiu na hora que a coisa apertou. Ele desafiou o Trump a colocar um porta-aviões no Paranoá e agora se esconde”, criticou.

O parlamentar relatou que os produtores rurais estão preocupados com os impactos da nova tarifa, principalmente diante da instabilidade causada pelas alianças internacionais e declarações polêmicas de Lula.

“O Brasil tem um presidente irresponsável. Ele sempre fez essas fanfarronices. Agora está aí, querendo arrastar o Brasil para uma guerra que é só dele. Caça confusão com os Estados Unidos, apoia o Hamas, o Irã e ainda fala em criar uma moeda para o BRICS”, disparou Medeiros.

O deputado também defendeu que o ministro Alexandre de Moraes devolva o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro, para que ele possa liderar a comitiva ao lado dos parlamentares. Segundo ele, Bolsonaro é o único com credibilidade e canal direto com Donald Trump para resolver o impasse.

“Se antes a volta do Bolsonaro já era importante, agora é ainda mais. Ele é o único que pode convencer Trump a rever essa tarifa, como já aconteceu com a Argentina. É uma pena que a eleição ainda esteja longe, porque o Brasil nunca precisou tanto dele”, afirmou.

Medeiros ressaltou que ainda há tempo para uma solução diplomática. A tarifa entra em vigor em 1º de agosto, e, segundo ele, o Congresso tem uma janela de duas a três semanas para agir.

“Sugeri que a comitiva vá a Washington levar um recado claro: o Parlamento brasileiro quer manter a parceria histórica com os Estados Unidos. Não apoiamos terrorismo, não apoiamos ditaduras e não temos nada a ver com essa história de moeda para o BRICS. Isso é coisa do Lula, não do Brasil”, concluiu.

 

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