Mendes destacou que a ideia de interromper o crescimento do Brasil em prol de um objetivo que não é reciprocamente adotado pelo resto do mundo não é viável. Ele comparou o histórico de desmatamento de outras nações, como a Europa, Estados Unidos e Argentina, enfatizando que o Brasil busca preservar uma parcela significativa da Amazônia, algo raro a nível global.
“E querem agora manter lá todo mundo catando coquinho debaixo de árvore lá, como se fossem índios? Me desculpa, mas não é isso que bom para o Brasil”, disse Mauro.
Mauro recordou que o país já possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e defendeu o confisco de terras como medida para coibir o desmatamento ilegal, em vez de eliminar completamente o desmatamento legal necessário para a produção agrícola.
“Ele (Lula) terá o meu apoio para o desmatamento ilegal zero. Inclusive, já sugeri ao governo federal, à ministra Marina [Silva, Meio Ambiente], para fazer uma medida corajosa. Mandar um projeto de lei para mudar a Constituição e dar o mesmo tratamento que damos ao plantio de maconha, cocaína e confisco de qualquer propriedade que for flagrada nisso”, defendeu.
Divergência
Na cúpula da Amazônia, realizada no Pará, Lula enfatizou que o objetivo de eliminar o desmatamento até 2030 não será alcançado através de imposições, mas sim por meio de discussões com prefeitos e governadores, buscando aliados para prevenir incêndios e degradações ambientais recorrentes.
“Acho que minha obrigação é falar para todo mundo que o Brasil fará sua parte. Até 2030, teremos desmatamento zero nesse país. E não vamos fazer na marra. Temos que chamar todos os prefeitos e governadores e ter uma discussão, compartilhar com eles uma solução”, disse o presidente.
Fonte:https://odocumento.com.br