A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 4ª Vara Cível de Cuiabá, mandou um oficial de Justiça notificar o ex-presidente da Unimed, Rubens Carlos de Oliveira Júnior, enquanto ele estava preso na Polícia Federal, para responder a uma ação de cobrança da cooperativa no valor de R$ 1,9 milhão.
Rubens foi preso durante a Operação Bilanz, deflagrada nesta quarta-feira (30), pela Polícia Federal, mas acabou solto em audiência de custódia.
A operação investiga um rombo de R$ 400 milhões nas contas da Unimed na época em que ele era o presidente entre 2019 a 2023.
O valor de R$ 1,9 milhão refere-se ao acordo firmado com os 1.400 cooperados para pagar o aporte mínimo exigido pela Agência Nacional de Saúde (ANS), de R$ 150 milhões, para evitar que a Unimed Cuiabá fosse fechada, devido ao rombo encontrado na gestão de Rubens.
O prazo final para pagamento dos cooperados, no entanto, não foi cumprido pelo ex-presidente. Com isso, a Unimed entrou com a ação de cobrança contra Rubens em março deste ano para que ele pagasse o valor devido. No entanto, ele nunca foi encontrado pelo oficial de Justiça.
Na decisão, a juíza Ana Cristina Mendes citou que o médico estava preso na sede da PF, na Avenida do CPA, e mandou que ele fosse notificado.
“Observando que há informação de que o requerido encontra-se preso na sede da Polícia Federal em Cuiabá, constato que a citação pessoal por oficial de justiça é o meio mais adequado para garantir a continuidade processual e assegurar o direito ao contraditório e à ampla defesa. Diante do exposto, defiro o pedido da parte autora para que seja realizada a citação do requerido Rubens Carlos de Oliveira Junior por oficial de justiça”, determinou.
FONTE: https://odocumento.com.br/j