O juiz corregedor prisional, Geraldo Fidelis, tomou uma decisão nesta segunda-feira (28) determinando que o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis seja transferido de volta para a Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães. Almir está sob custódia desde 13 de agosto pelo envolvimento no assassinato da advogada Cristiane Castrillon em Cuiabá.
No dia 20, Almir havia sido transferido da Cadeia de Chapada para a Penitenciária Central do Estado, após uma notificação do Ministério Público Estadual questionando uma portaria que garantia prisão especial para ex-policiais militares.
Conforme o juiz, em contraste com a opinião do Ministério Público Estadual, a Cadeia de Chapada dos Guimarães não é uma instalação especial, mas sim uma prisão comum. “Na verdade, trata-se de uma cadeia comum, administrada pelo Sistema Penitenciário – e não pela Polícia Militar. Os detidos provisórios ou definitivos, incluindo os policiais ou ex-policiais, passam por classificação”, afirmou o juiz.
O magistrado destacou que a manutenção de Almir na Penitenciária Central do Estado poderia resultar em motins por parte de facções criminosas ou até mesmo em sua morte.
“A separação dos membros ou ex-membros das Forças de Segurança da massa carcerária é uma necessidade, e Mato Grosso é um estado que garante a integridade física e psicológica desses profissionais, tratando-os como presos comuns em uma unidade prisional dedicada a policiais e ex-policiais, sem regalias ou privilégios”, ressaltou o juiz.
O magistrado finalizou afirmando que não assinaria “a sentença de morte de uma pessoa sequer” e que não permitiria insurgências no sistema prisional de Cuiabá e Várzea Grande. “Ao exposto, ordeno a imediata transferência do preso provisório Almir Monteiro dos Reis para a prisão comum, na Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães, onde o Estado, dentro da legalidade, poderá salvaguardar sua integridade física e psicológica”, concluiu.
O assassinato da advogada Cristiane ocorreu na madrugada de 13 de maio, horas após ela e Almir se encontrarem no Bar do Edgare, no Verdão. Segundo a Polícia, Cristiane foi morta por espancamento e asfixia na casa de Almir, no bairro Santa Amália. O ex-PM posteriormente deixou o corpo da vítima no Parque das Águas.
Fonte: https://odocumento.com.br