Questionado sobre as as polémicas recentes em torno da arbitragem em Portugal, Jorge Jesus diz que sempre existiu a “pressão de querer ganhar os jogos fora das quatro linhas”.
“Sobre a arbitragem no futebol português? Isto é normal. Estive dois anos e meio fora de Portugal e, quando saí, já havia esta pressão de querer ganhar os jogos fora das quatro linhas. Mas falo de todos os clubes”, começa por dizer o treinador do Benfica, na conferência de imprensa após o triunfo sobre o Estoril.
O técnico deixa ainda críticas aos jogadores por simularem lesões em faltas para tentar convencer o árbitro a mostrar cartões: “Hoje em dia, no futebol português, por qualquer coisinha, numa jogada normal, um jogador toca na pestana do outro e parece que lhe arrancaram um olho. Gritam para o árbitro sancionar. Os jogadores em Portugal estão nesta treta. Há outras em que tocam com a unha e eles dão gritos, parece que levaram com um pau.”
Jorge Jesus termina a sugerir uma reunião entre os treinadores da I Liga e apela ao fim do antijogo.
“Tem de se acabar o antijogo. As equipas têm de arranjar uma forma de defender para suportar quando jogam contra equipas melhores. Mas deixar o antijogo, deixar de ter guarda-redes a perder dez minutos de jogo deitados no chão. Tem de ser tudo revisto. Devia haver uma reunião com todos os treinadores. Isso aconteceu quando eu estava na Arábia Saudita. Eu estaria disponível. Devia fazer-se uma reunião para melhorar o futebol português. Para o espetáculo, para que se deixem estas tretas, este folclore”, observa.