O IGP-10 (Índice Geral de Preços–10) teve alta de 2,32% em junho, segundo os dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas). O índice é utilizado para os reajustes de tarifas públicas e nos contratos de aluguel.
Apesar da inflação ter aumentado, a taxa deste mês ainda foi menor do que a registrada em maio, quando o índice teve alta de 3,24%. Eis a íntegra (565 – KB) do relatório da FGV.
Com o resultado, o índice acumula alta de 15,31% em 2021 e de 36,94% nos últimos 12 meses. Em junho do ano passado, o índice tinha tido uma alta menor, de 1,55% no mês e o acumulado de 12 meses era de 7,18%.
A alta de junho deste ano, segundo a FGV, foi impulsionada pelo aumento dos preços da energia elétrica e da gasolina, que pressionaram a inflação do consumidor. A desaceleração em relação a maio se deu porque a inflação do produtor caiu, ainda que pouco.
O IGP-10 é calculado com base em outros 3 índices. Todos eles registraram alta em junho.
O IPA (O Índice de Preços ao Produtor Amplo) teve alta de 2,64% no mês, abaixo do registrado no mês anterior, quando subiu 4,20%. As matérias primas-brutas, como milho, soja, minério de ferro, leito e café, tiveram a maior alta do índice, 3,66%.
“A inflação ao produtor apresentou desaceleração e contribuiu para o recuo do IGP. Mesmo assim, o IPA segue pressionado pelo aumento dos preços de commodities importantes”, diz André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) teve alta de 2,81% em junho. A mão de obra (3,37%) e os materiais e equipamentos (2,50%) foram os principais responsáveis pelo índice neste mês.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), por outro lado, avançou apenas 0,72% em junho. A alta foi impulsionada principalmente pelos itens de habitação (1,41%) e o de transportes (1,69%). Dentro dessas categorias as altas mais significativas foram a eletricidade residencial, que teve inflação de 4,87% (que deve subir mais nos próximos meses com a crise hídrica) e a gasolina, que subiu 3,16%.
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