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Governador defende medidas disruptivas para alavancar administração pública brasileira

Mauro Mendes foi o convidado do programa Direto Ao Ponto, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (29.01)

O governador Mauro Mendes destacou a necessidade de uma postura disruptiva e corajosa entre os políticos para melhorar a administração pública brasileira. Ele foi o convidado do programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (29.01).

Mauro criticou a superficialidade das discussões e defendeu mais eficiência na gestão pública brasileira, comparando a gestão de uma empresa com o setor público.

“Não existe empresa que cresceu sem ter um sistema de gestão eficiente. Isso também vale para um país. O Brasil está esquecendo de praticar esse princípio. Tem que ser algo diferente, tem que ser disruptivo. O político que for fazer isso vai ter que tomar vaia e ter coragem de enfrentar alguns setores empresariais, organizações e poderes constituídos”, afirmou o governador.

Ao ser questionado sobre os caminhos para que o Brasil deixe de ser apenas um exportador de commodities e se torne uma potência industrial, o governador menciononou que é inaceitável que Mato Grosso exporte madeira para a China e, em seguida, importe pisos de madeira com alto valor agregado. “Perdemos o timing e precisamos olhar para esse problema grave e tomar medidas diferentes”, afirmou.

Mauro também enfatizou a necessidade de reformas estruturais no sistema político brasileiro. Ele apontou que as ações frequentemente atendem a interesses temporários, sem uma visão a longo prazo para solucionar os problemas.

“A maioria dos partidos políticos hoje são siglas que servem ao processo eleitoral e cumprem a regra eleitoral. Toda vez são feitas reformas, não olham para um modelo de país que possa fazer mais sentido para consertar alguns problemas”, destacou.

O governador trouxe o caso de Mato Grosso como exemplo e explicou que reformas efetivas podem ser implementadas para melhoria da gestão.

“A Lei de Responsabilidade Fiscal no meu Estado é mais rigorosa que a lei federal. Fizemos isso porque estávamos à beira do caos. Estávamos quebrados, com salários atrasados, obras paradas. Foram sinais de alerta que nos levaram a uma abordagem mais rigorosa. Tínhamos que ter uma estratégia bem pensada e executada para fazer essa recuperação”, ressaltou.

Mauro finalizou dizendo que é necessário menos discurso e mais ação entre os políticos.

“Pessoas que pareciam que representariam a mudança, acabaram não mudando nada. O mandato de quatro anos acaba rápido e nada acontece. Grande parte da população brasileira está frustrada com os políticos e com a política. Então os partidos precisam ser repensados e garantir perfis corajosos para enfrentar problemas sistêmicos”, defendeu.

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