Ícone do site Blog do Pedro Luis

Gisela Simona relata projeto que permite compensação por boletos pagos antecipadamente

Relatório do projeto de lei foi aprovado em sessão na Comissão de Defesa do Consumidor

A deputada federal Gisela Simona (União-MT) relatou, na última quarta-feira (13.03) o Projeto de Lei (PL 6280/19) que assegura o direito à compensação ao cliente que efetuar o pagamento de prestações na ordem inversa dos seus vencimentos. O parecer elaborado pela parlamentar foi lido e aprovado durante sessão na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC).

“Nos contratos de consumo que pagamos todos os meses como a conta de luz, de água, do financiamento da casa e outros, acontece de pagar, até por engano, de forma antecipada uma parcela que ainda vai vencer e deixar de pagar a que está vencendo. Com esse projeto vigente, o consumidor poderá requerer que os valores sirvam para quitação da parcela mais próxima do vencimento”, explica a deputada.

O PL tem como objetivo facilitar a vida dos consumidores e evitar que eles sejam penalizados com juros e multas indevidos, quando ocorrer o pagamento antecipado de uma prestação, tendo uma vencida em aberto.

“O consumidor passa a ter o direito de fazer compensação, sem incidência de encargos decorrentes da mora, entre parcela que tenha sido paga antecipadamente e outra que, porventura, ainda esteja inadimplente. Porém, o pagamento da parcela mais remota deve ter sido efetivado até a data do vencimento da mais próxima, comprovando assim o erro no pagamento”, explica a relatora.

Atualmente as empresas não concedem o direito ao consumidor de requerer essa compensação, sob alegação de que o cliente tem, por opção, o direito de quitar prestações em ordem diferente da pretendida. “De acordo com o código civil atual, é considerado uma manifestação de vontade do consumidor, já que ele tem o direito de pagar a prestação mais remota antes da mais próxima”, diz Gisela.

Mesmo diante dos diversos casos que ocorrem nesse sentido, infelizmente o consumidor ainda não consegue reverter essa situação ficando lesado financeiramente.

A proposta segue agora para deliberação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) em caráter terminativo. Ou seja, se aprovado na CCJ, ele não precisa ser apreciado em plenário e segue diretamente para o Senado.

Sair da versão mobile