Gabinete de intervenção entrega novo prédio para atendimento especializado de pacientes com IST

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Unidade realiza cerca de cinco mil atendimentos por mês de pacientes diagnosticados com HIV/Aids e Hepatites Virais

O Gabinete Estadual de Intervenção na Saúde de Cuiabá entregou, nesta terça-feira (05.12), o novo prédio do Serviço de Assistência Especializada (SAE), no bairro Lixeira. O local já está aberto para atendimentos a pacientes diagnosticados com HIV/Aids, Hepatites Virais e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

O novo prédio possui seis consultórios médicos, sendo um adaptado para receber pessoas com deficiência, dois consultórios de enfermagem, laboratório, farmácia, um consultório para atendimento psicológico e um para acompanhamento do serviço social.

Com quatro médicas infectologistas, uma assistente social, uma psicóloga, três enfermeiras, três técnicos de enfermagem e dois farmacêuticos, o SAE faz o acompanhamento de quatro mil pacientes diagnosticados com HIV/Aids, Hepatites Virais e outras ISTs. A unidade realiza cerca de cinco mil atendimentos por mês.

A entrega da nova sede integra as ações do Dezembro Vermelho, mês dedicado à prevenção ao HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

A interventora na Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona, destacou que não há melhor momento para fazer essa inauguração do que neste mês. “Estamos entregando uma estrutura nova do SAE, coincidentemente no mês do Dezembro Vermelho, que representa um marco na luta contra o vírus do HIV/Aids e das infecções sexualmente transmissíveis. A antiga estrutura era um prédio extremamente precário, com falta de iluminação e com condições insalubres. Esta nova estrutura é o resultado do esforço do Governo do Estado, por meio do Gabinete de Intervenção, de poder devolver a dignidade aos usuários do SUS e aos servidores”, ressaltou.

O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, ressaltou que mesmo em uma situação de adversidade a Intervenção vem demonstrando que quando se administra com responsabilidade, com seriedade, com respeito ao dinheiro público. “Na verdade, com boa fé, com vontade de fazer, a gente muda a realidade das coisas. A Intervenção tem mudado a realidade da saúde pública de Cuiabá”, disse.

O promotor Milton Mattos da Silveira Neto, da 7ª Promotoria de Justiça Cível de Tutela de Saúde Coletiva de Cuiabá, ponderou que os pacientes diagnosticados com HIV/Aids vivem com toda a questão de preconceito e dificuldades e merecem chegar em uma unidade acolhedora e diferenciada.

“Não tem como ter acolhimento chegando em uma unidade caindo na cabeça dos pacientes e dos profissionais. Imagina chegar para trabalhar em um ambiente degradado, não dá nem ânimo. Parabenizo o Gabinete de Intervenção por ter atendido nossa notificação recomendatória e por ter feito um importante trabalho”, frisou.

Em visita à capital mato-grossense, o ministro de Comunicações, Juscelino Filho, fez questão de participar da entrega do novo prédio do SAE. Ele lembrou que como médico trabalhou no SUS em uma unidade de saúde da família (USF) no interior do Maranhão. “Eu sei bem o que é trabalhar na ponta, e de atender sem as condições adequadas para o trabalho. Quem conhece, sabe que não é fácil fazer saúde e o quanto é caro e difícil. Mas é com gestão, dedicação, com amor ao próximo, e com fé que você vai ali melhorando e é isso que a gente tem ouvido falar com a gestão da Intervenção no município”.

Marina Azém, médica que atua no SAE desde 2002, se emocionou ao entrar na unidade e ao falar sobre a nova sede. A médica contou que em todos esses anos, mesmo em condições ruins, a equipe sempre trabalhou com empenho e por amor.

“Isso aqui é um sonho de 20 anos. Nós já passamos situações muito difíceis, em que nossos pacientes ficavam na calçada sentados em cadeiras de plástico. Já tivemos teto caindo na nossa cabeça, gato que caiu dentro do consultório. Esta é a primeira vez que a Secretaria Municipal de Saúde olha com carinho e atenção para nós, servidores e pacientes. Não existe um gesto maior de amor que se poderia dar para este serviço, do que estas instalações”, pontuou Marina Azém, médica que atua no SAE desde 2002.

 

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