O Fórum Agro MT participou de um debate com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA-MT) e o Corpo de Bombeiros sobre a prevenção de incêndios no Pantanal, que em 2020 devastaram 40% do bioma. Os produtores rurais defenderam a queima controlada como uma forma de evitar que o fogo se alastre, mas ressaltaram a necessidade de autorização da Sema para realizar essa prática.
O coronel Alessandro Borges, comandante-geral do Corpo de Bombeiros, reconheceu o papel do setor produtivo na preservação do Pantanal e na colaboração com o combate às chamas. Ele disse que as condições climáticas deste ano foram desfavoráveis e que o incêndio mais grave ocorreu em outubro, atingindo dois parques nacionais. O coronel explicou que a queima controlada é feita com critérios e autorização, e que serve para eliminar a vegetação que serve de combustível para o fogo.
“As altas temperaturas e as chuvas mais espaçadas contribuíram para o incêndio que atingiu o Parque Encontro das Águas e o Parque Nacional do Pantanal. Mas graças ao trabalho em conjunto entre o Governo de Estado e produtores rurais da região foi possível evitar maiores prejuízos ao bioma”, pontuou.
Os deputados da FPA-MT afirmaram que a Assembleia Legislativa tem criado leis e mecanismos para proteger o bioma e incentivar a agropecuária na região. Eles citaram a legislação que autoriza a troca da gramínea e a expansão da pecuária extensiva no Pantanal, que contribuem para a preservação e a redução dos riscos de incêndios. Eles também mencionaram que em fevereiro de 2024 haverá uma reunião com o Ministério Público, a Sema, o Corpo de Bombeiros e a bancada federal para discutir as ações preventivas e de combate aos incêndios no Pantanal.
“Aprovamos a legislação que autoriza a troca da gramínea e a expansão da pecuária extensiva dentro do Pantanal, que ajudam na preservação e na diminuição de chances de grandes incêndios na região”, afirmou o presidente da FPA, deputado Dilmar Dal Bosco (União Brasil).
O presidente do Fórum Agro MT, Itamar Canossa, destacou o apoio do setor produtivo e a importância da parceria com o poder público. Ele disse que é preciso trabalhar em conjunto para evitar que o Pantanal sofra novamente com os incêndios. “É uma via dupla, onde um ajuda o outro no que for preciso, sempre com objetivo de contribuir para que o setor da agropecuária continue pujante e contribuindo para o desenvolvimento do estado”.
Fonte:https://odocumento.com.br