Filho de ex-governador tem pedido de domiciliar por diabetes negado e segue detido em presídio de Rondonópolis.

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A juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá, indeferiu o pedido de conversão da prisão preventiva em domiciliar feito por Carlinhos Bezerra, acusado de assassinar sua ex-namorada, Thays Machado, e Willian Cesar Moreno. Carlinhos é filho do ex-governador e ex-deputado federal Carlos Bezerra (MDB).

O requerimento de prisão domiciliar foi apresentado por Carlinhos, alegando ser portador de diabetes e necessitar de tratamento adequado fora da Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa (Mata Grande), em Rondonópolis, onde está detido aguardando julgamento. No entanto, a magistrada observou que ele tem demonstrado resistência ao tratamento e à dieta recomendados pela equipe médica.

A decisão da juíza considerou que Carlinhos, preso há seis meses, não tem seguido o tratamento médico adequado, evidenciando sua recusa em cumprir as orientações da equipe médica. Portanto, o pedido de conversão da prisão preventiva em domiciliar foi negado.

O Ministério Público também se manifestou contrariamente ao pedido de prisão domiciliar, salientando que Carlinhos não se enquadra na situação “extremamente debilitado” exigida pelo artigo 318 do Código de Processo Penal para concessão de prisão domiciliar. O promotor de Justiça Jaime Romaquelli destacou que, mesmo sendo portador de diabetes, a situação de Carlinhos não é grave a ponto de requerer prisão domiciliar.

Carlinhos é acusado de ter assassinado Thays Machado e Willian Cesar Moreno a tiros em frente a um prédio em Cuiabá no dia 18 de janeiro. Ele foi pronunciado pela Justiça por homicídio qualificado. A prisão preventiva dele foi convertida após sua prisão em flagrante, e ele permanece detido enquanto seu processo está em fase de recurso da pronúncia junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

O Ministério Público ressaltou que Carlinhos demonstrou em diversas ocasiões sua intenção de não permanecer preso, solicitando transferências de prisão alegando ameaças. O promotor também apontou que o pedido de prisão domiciliar parece ser uma tentativa de evitar a prisão definitiva, buscando escapar das acusações.

O processo corre em segredo de Justiça, e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso confirmou o indeferimento do pedido de prisão domiciliar.

Fonte: https://odocumento.com.br

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