Exportação dos Cafés do Brasil atinge 29,7 milhões de sacas no acumulado de nove meses.

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Receita cambial soma US$ 4,17 bilhões com exportações de café no período de janeiro a setembro de 2021.

O total exportado dos Cafés do Brasil, de janeiro a setembro de 2021, foi de 29,75 milhões de sacas de 60kg, o que representou uma queda de 4,1% se comparado com os nove primeiros meses de 2020. A despeito da redução no volume exportado a receita cambial gerada no período foi de US$ 4,17 bilhões, um incremento de 6% nos mesmos termos comparativos. O preço médio da saca no período foi de US$ 140,18, valor que representa um aumento de 10,5% em relação ao preço médio praticado nesse mesmo período de 2020.

O café arábica teve participação de 80,1% nas exportações do atual ano civil, com 23,8 milhões de sacas. O café conilon foi responsável por 10,1% do volume exportado ao atingir 3 milhões de sacas. Com 2,9 milhões de sacas, o café solúvel correspondeu a 9,7% dos embarques, enquanto o café torrado e moído teve o equivalente a 32,6 mil sacas exportadas, 0,1%.

Conforme os dados divulgados pelo Cecafé, no Relatório mensal – setembro 2021, os cinco principais destinos das exportações dos Cafés do Brasil, nos nove primeiros meses de 2021, um ranking em ordem decrescente, foi o seguinte: em primeiro colocado, figuram os Estados Unidos, que importaram 5,67 milhões de sacas de café, as quais correspondem a 19,1% do total vendido no período; depois vem a Alemanha, com 5 milhões de sacas importadas (16,8%); Bélgica e Itália, juntos em terceiro, com 2 milhões de sacas (6,8%); e Japão, em quarta colocação, com 1,8 milhão de sacas (6,3%).

Vale destacar também o crescente volume de importação dos Cafés do Brasil feito pela Colômbia, segundo maior país produtor de café arábica do mundo, que adquiriu o equivalente a 866,2 mil sacas de 60kg no atual ano civil, valor que representou um expressivo aumento de 82,6% se comparada ao mesmo período do ano passado. Atualmente, a Colômbia ocupa a sétima posição no ranking dos maiores importadores do café brasileiro.

Com relação especificamente aos cafés diferenciados – que são os cafés que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis – o Brasil exportou no corrente ano o equivalente a 5,25 milhões de sacas de 60kg, volume que representou 17,6% do total exportado dos Cafés do Brasil no ano. Com o preço médio da saca a US$ 184,17, os cafés diferenciados geraram uma receita cambial de US$ 966,5 milhões, o equivalente a 23,6% de toda a receita cambial gerada com as exportações brasileiras de café nos primeiros nove meses do ano de 2021 e valor 15,8% maior do que o gerado no mesmo período do ano passado.

Esta análise da performance das exportações dos Cafés do Brasil foi realizada com base nos dados e estatísticas constantes do Relatório mensal – setembro 2021, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, o qual também está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. 

Ainda de acordo com o referido Relatório, com relação especificamente aos números dos Cafés do Brasil no mês de setembro de 2021, foram exportadas 3,11 milhões de sacas de 60kg, volume que representou uma diminuição de 26,5% em relação a setembro de 2020. Apesar da acentuada redução do volume exportado, a receita gerada com as exportações foi de US$ 518,2 milhões o que representa um ligeiro aumento de 0,5%, nos mesmos termos comparativos. Fato que se justifica pela alta cotação do café no mercado internacional, pois no mesmo sentido o preço médio do café exportado pelo Brasil apresentou um aumento de 36,7% entre setembro de 2020 quando cotado a US$ 121,79 a saca até setembro deste ano, momento em que o valor chegou a US$ 166,52.