Especialista alerta que Petrobras é obrigada a aumentar preços de combustíveis e ressalta risco de desabastecimento.

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Entrevista ao Jornal da manhã 

Jovem Pan News 

O especialista em energia Alexandre Silveira enfatizou que um dos maiores desafios do governo no momento é encontrar um equilíbrio no preço dos combustíveis que satisfaça os consumidores, considerando as políticas da Petrobras e do mercado internacional.

Em uma entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o professor Edmar de Almeida, do Instituto de Energia da PUC-Rio, afirmou que o nível de defasagem nos preços dos combustíveis é insustentável e destacou que a Petrobras será obrigada a aumentar os preços para evitar possíveis problemas de desabastecimento.

Segundo o especialista, se a Petrobras não alinhar os preços dos combustíveis aos valores internacionais, as empresas privadas, que são as principais importadoras de diesel do país, podem deixar de importar, as refinarias podem começar a exportar, e a Petrobras seria obrigada a importar todo o diesel para garantir o abastecimento. Desalinhar os preços do mercado internacional não é uma opção viável, é necessário fazer ajustes para garantir o funcionamento do mercado e atender os consumidores brasileiros, explica o professor.

Diante desse contexto, a Petrobras anunciou um aumento no preço da gasolina em 16,3% e do diesel em 25,8% para as distribuidoras. O aumento na gasolina representa um acréscimo de R$ 0,41 por litro, elevando o preço médio nas refinarias para R$ 2,93. Já o diesel terá um aumento de R$ 0,78 por litro, com o valor médio subindo para R$ 3,80. A Petrobras ressaltou que a parcela da estatal no preço ao consumidor será, em média, de R$ 2,14 por litro de gasolina e R$ 3,34 por litro de diesel vendidos na bomba.

A empresa justifica os reajustes com a implementação de uma nova estratégia comercial que considera as melhores condições de refino e logística da Petrobras. Essa estratégia permitiu reduzir os preços nos últimos meses e amenizar os impactos da volatilidade e alta dos preços externos, proporcionando um período de estabilidade para os clientes.

A Petrobras também ressalta que busca evitar repassar a volatilidade do mercado internacional e da taxa de câmbio ao consumidor, mantendo um ambiente competitivo saudável dentro dos termos da legislação vigente.

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