Mato Grosso é destaque na produção de energia renovável, especialmente no etanol de milho, energia hidráulica e os produtos da cana-de-açúcar – bagaço e caldo de cana, produzindo etanol hidratado e anidro. O biodiesel é outro energético que mantem elevada participação. Atualmente 94% da produção de energia no Estado é de fonte limpa.
Se os padrões de consumo vêm sendo alterados com grande velocidade, o setor produtivo também tem acompanhado essa evolução. A renovação atende os consumidores mais exigentes e ao mesmo tempo garante o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
O estado tem migrado para uma economia de baixo carbono com a diversificação da matriz energética devido ao potencial solar, hídrico e biomassa, e políticas governamentais que favorecem o desenvolvimento de energia renovável. Com isso, Mato Grosso tem reduzido a dependência de combustíveis fósseis e emissão de gases poluentes.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o estado ocupa a 6ª posição nacional em geração fotovoltaica distribuída do país. “Essa energia sustentável trouxe mais de R$ 4,7 bilhões em investimentos ao estado, gerando mais de 27,3 mil novos empregos. Cerca de 76% do uso de energia solar em Mato Grosso é em residências, seguido por 11,5% em comércios e serviços”, destaca Tiago Viana, presidente do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás de Mato Grosso (Sindenergia).
O termo indústria verde já é realidade há quase 10 anos para a Nutribras Alimentos, uma das referências internacionais na produção de proteína animal, que com um ciclo completo realiza todas as etapas do processo com sustentabilidade ambiental e social.
Sediada em Sorriso e com capital 100% nacional, a indústria foi a primeira a introduzir o modelo de suinocultura autossustentável e pioneira no país no desenvolvimento do caminhão movido a biometano proveniente de suínos. “Nosso foco é produzir alimentos sem comprometer os recursos naturais, para que assim, cuidando da natureza, possamos cuidar também das gerações futuras”, explica o diretor-presidente da empresa, Paulo Lucion.
O processo autossustentável funciona da seguinte forma: os suínos são alimentados com rações à base de milho e soja, e os rejeitos orgânicos da suinocultura retornam à cadeia produtiva por meio de adubação orgânica, geração de energia e combustível veicular. Isso é possível graças às tecnologias implantadas que tratam os resíduos orgânicos.
O passivo ambiental vira dois poderosos ativos ambientais: o biogás, que evita os efeitos negativos da emissão de gases na atmosfera e diminui os custos com energia elétrica, e o biofertilizante, que serve de adubo orgânico para a agricultura, reduz o custo de produção e aumenta a produtividade.
Fonte: https://odocumento.com.br