Dono de distribuidora flagrado com R$ 1,3 milhão em caixa térmica tem prisão mantida na capital

0

O empresário Leandro Queroz Gontijo, preso em flagrante durante a Operação Ceres com mais de R$ 1,3 milhão escondido dentro de uma caixa térmica, teve a prisão preventiva decretada durante audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (14). A audiência foi conduzida pela juíza Suzana Guimarães Ribeiro, da 6ª Vara Criminal de Cuiabá.

A operação foi deflagrada na quarta-feira (13) pela Delegacia Especializada em Roubos e Furtos da Capital (Derf) contra um esquema de desvio de cargas de cerveja da fábrica da Ambev, em Cuiabá. Gontijo é dono de uma distribuidora na Capital e acusado de ser o principal receptador do esquema.

Na decisão, a juíza afirmou que além dos R$ 1,3 milhão, a Polícia encontrou na distribuidora do empresário vários produtos contrabandeados, bebidas supostamente adulteradas, como também grande quantidade de produtos de origem da Ambev.

“Superada a demonstração de materialidade e presentes os indícios de autoria, chega-se à inferência de que a custódia do flagrado é medida que se impõe, por ora”, escreveu.

“Diante do exposto, com fulcro no art. 310, inciso II, do CPP, converto a prisão em flagrante de Leandro Queroz Gontijo, com qualificação nos autos, em prisão preventiva, já que presentes os requisitos constantes nos artigos 312 e 313, ambos do Código de Processo Penal”, decidiu.

A operação

No total, a Polícia Civil cumpriu 48 ordens judiciais, entre busca e apreensão, arresto de bens móveis, quebras de sigilos bancário e fiscal e ordem de penhora no valor de R$ 12,7 milhões.

Até o momento, a investigação revelou que houve desvios das cervejas de marcas Budweiser, Skol, Antártica, Brahma e Stella Artois, que eram produzidas pela Ambev em Cuiabá.

A execução dos crimes contava com a participação de funcionários da fábrica de Cuiabá e de duas empresas que prestam serviços de logística à fabricante.

O grupo envolvido desviava as cargas que eram devolvidas por clientes da cervejaria. Para isso, era falsificada uma declaração pelo conferencista e o porteiro da cervejaria confirmando que houve a entrada dos lotes de cervejas na fábrica.

Em seguida, as cargas das bebidas eram desviadas aos receptadores. Um deles é uma distribuidora localizada na Avenida Arquimedes Pereira Lima, no Jardim Renascer, de propriedade do empresário que foi detido na operação.

Levantamento feito pela pela fabricante de bebidas, a partir do sistema de controle de inventário, apontaram um prejuízo estimado em quase R$ 12,8 milhões. Os números foram apurados no inventário mensal dos anos de 2021 e 2022.

Fonte: https://odocumento.com.br/

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui