Em entrevista, Campos contou que visitou recentemente um bairro que antes enfrentava dificuldades com abastecimento de água. No local, ao conversar com moradores, ele foi informado que o problema havia sido resolvido. “Por incrível que pareça, Várzea Grande está tendo água o dia inteiro agora. Foi só o Kalil perder a eleição, e os funcionários do DAE resolveram abrir as torneiras e entregar água à população”, declarou o deputado.
A acusação de sabotagem já vinha sendo levantada por Campos. Ele lembrou que alertou sobre o possível boicote à distribuição de água no ano passado, e que as suspeitas se confirmaram. “Eu falei isso [sabotagem] há um ano atrás. Ontem estive em Várzea Grande, passei o dia todo lá, e no bairro onde o abastecimento era precário, uma moradora disse que a caixa d’água dela agora está cheia, transbordando de água”, relatou.
O DAE foi um dos pontos críticos durante a campanha de reeleição de Kalil Baracat, especialmente após a Operação Gota d’Água, que, no final do período eleitoral, desmantelou uma organização criminosa suspeita de cobrar propina para execução de serviços públicos e fraudar contas de água. Segundo as investigações, o esquema teria causado um prejuízo de R$ 11,3 milhões e teve início durante a gestão de Kalil, o que impactou negativamente sua campanha.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de Kalil ter demitido Carlos Alberto Simões de Arruda, presidente do DAE, como resposta à situação, Campos afirmou que a medida não teria alterado o resultado das urnas. “A demissão não mudaria o resultado. A eleição já está decidida, e a sabotagem foi o suficiente para prejudicar a imagem de Kalil junto à população”, concluiu o deputado.
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