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Defendendo alterações, senadora diz que legislação atual é um convite para criminalidade crescer no Brasil

A senadora Margareth Buzetti (PSD) pressiona o Congresso para aprovar seu pacote anticrime, visando alterar diversos dispositivos legais para endurecer as penas de crimes violentos.

Uma das propostas do projeto é que líderes de organizações criminosas cumpram no mínimo 75% da pena em regime totalmente fechado antes de terem direito à progressão, além de dobrar o período de internação para menores que cometem crimes violentos.

Outra medida é abolir o regime semiaberto e permitir que Estados e o Distrito Federal legislem sobre assuntos penais e processuais.

“A ideia é que um líder de facção, por exemplo, tenha que cumprir 75% da pena para começar a progredir. Que ele perca vários privilégios, que ele não tenha direito à visita íntima, porque senão o cara fica mandando no crime de dentro da cadeia. Hoje, sinceramente, a nossa legislação é um convite ao crime. Ela não pune ninguém”, disse a senadora na segunda-feira (02).

Buzetti enfatizou, no entanto, que a mudança na legislação deve ser acompanhada por uma mudança cultural na sociedade.

Usando crimes de violência contra mulheres como exemplo, ela defendeu a mobilização de famílias e instituições de ensino para ensinar às crianças que elas não devem reproduzir tais comportamentos.

“Se ela a criança vê o pai espancando a mãe, maltratando a mãe, para ela isso é natural. E não é. É isso que a gente tem que mostrar para a criança, que isso está errado. Quando eu era criança eu tinha medo do meu pai, que era um alemão de 1,98 metro, tinha uma mão desse tamanho. Mas depois o meu medo se tornou respeito porque ele me ensinou que eu não podia fazer as coisas erradas porque eu seria punida, sim. Ou por ele ou pela Justiça. Hoje quem cumpre as leis e cumpre a Justiça, parece que a gente é chamado de bobo. E está errado. Nós temos que realmente punir quem está errado, quem comete o crime”, argumenta a senadora.

Fonte: https://odocumento.com.br

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