Consumo do diesel da soja pode contribuir com o aumento da produção do grão em Mato Grosso.

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Mato Grosso e o Brasil podem ganhar ainda mais mercado de soja mundial com o HVO, diesel da soja. Nos Estados Unidos já está bastante avançado sobre o uso do HVO e deve consumir grande parte da produção americana nos próximos anos, o que deve favorecer a produção brasileira.

“Em números, em até 8 anos, há possibilidade do milho e da soja bater os Estados Unidos em produção. E Mato Grosso tem grandes chances de liderar”, previu o professor da FGV, especialista em planejamento estratégico, e influenciador digital, Marcos Fava.

Ele e o analista de mercado André Pessoa e ex-presidente da John Deere, Paulo Hermman estiveram no Master Meeting Soja, o principal evento de Soja de Mato Grosso, realizado nesta semana Cuiabá.

Fava afirma que o Brasil já produz 41% da produção de soja do mundo, e para manter o crescimento deve buscar medidas de sequestro de carbono. “O pilar sustentabilidade vem com tudo a partir de 2023. Na pandemia com lockdown, por conta da segurança alimentar, o mercado não focou no tema, mas de agora em diante isso muda. No entanto o equilíbrio da oferta e da demanda, volta ao estímulo monetário dos mercados. Estimo ainda que câmbio até fim do ano, o dólar não passe dos R$ 4,70.”, revelou.

Também conhecido como Doutor Agro, ele explicou que o desafio da produtividade, além do foco em sustentabilidade deve reunir cinco itens, o que chamou de “pentágono dos vitoriosos”: gestão financeira, excelência operacional, obsessão nos controles, liderança e coletivismo.

Já o especialista em análise de mercado e política agrícolas o segundo painelista, André Pessoa reforça que crescimento do consumo de biodiesel no mundo deve impulsionar a produção de soja no país. Pessoa revela que em 2021, o setor de transportes foi responsável por 32,5% do consumo de energia no Brasil, originada predominantemente do petróleo.

No transporte de cargas rodoviário, o consumo do biodiesel cresceu 6,5% impulsionado pelo avanço de sua contraparte fóssil e outras questões de mercado. “Como consequência destes movimentos, o setor de transportes do Brasil apresentou uma matriz energética composta por 23% de fontes renováveis em 2021. E este cenário tem crescido desde então”, estimou.

De acordo com Pessoa o apelo pelo uso de combustíveis com menor emissão de gases e de fontes renováveis tem crescido e ganhado atenção das autoridades competentes. “Hoje o combustível destaque é o HVO (Óleo Vegetal Hidrotratado), combustível fundamentalmente fabricado a partir de óleo, em geral como de soja. Se tendência é parte da soja ser comercializada na produção de combustíveis, o mercado se amplia mais ainda”, profetizou.

E por fim o ex-presidente da John Deere Brasil o engenheiro agrícola, Paulo Herrmann, no painel Inovação, tratou sobre a importância de estudar cada segmento produtivo e o seu manejo com controle de custo e dados organizados para tomada de decisão.

“É possível prever que 2031, sem desmatamento ilegal, teremos 123 milhões de hectares com 2,4 milhões de animais por hectare, com um total de 295 milhões cabeças de rebanho no Brasil”, destacou ao falar de como segmento de soja e pecuária integrados tem crescido de forma sustentável sem perder de vista a produção com dados organizados.

Fonte: https://odocumento.com.br

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