Nesta quarta-feira (18), às 11 horas, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados irá se reunir em um local ainda a ser definido para analisar oito pareceres preliminares referentes a acusações de quebra de decoro. Entre esses processos está o do deputado federal Abílio Brunini, representante do estado de Mato Grosso.
O deputado Mário Heringer, do PDT de Minas Gerais, é o responsável por elaborar o parecer sobre a Representação 18/23 apresentada pelo Psol contra Abílio Brunini do PL de Mato Grosso. Até o momento, o parecer de Heringer ainda não foi divulgado.
Transfobia contra Erika Hilton
O partido acusa o deputado Brunini de proferir comentários transfóbicos contra a deputada Erika Hilton do Psol de São Paulo durante uma reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os eventos do dia 8 de janeiro.
Durante a reunião da CPMI, a deputada Erika Hilton questionou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, e acusou Abílio Brunini de transfobia. O deputado Carvalho afirmou ter ouvido um comentário homofóbico por parte de Brunini, o que gerou uma confusão generalizada na sessão.
O presidente da CPMI, deputado Arthur Oliveira Maia da União da Bahia, interrompeu a reunião para anunciar a abertura de uma investigação sobre o caso. Ele solicitou que as filmagens da reunião fossem encaminhadas à Polícia Legislativa para apurar o ocorrido e tomar as medidas cabíveis caso sejam comprovadas as acusações contra Brunini.
Após a interrupção da reunião, Erika Hilton retomou a palavra e declarou que não iria “descer ao nível baixo” da discussão, o que provocou outra reação do deputado André Fernandes. Arthur Maia, presidente da CPMI, afirmou que tomaria providências contra Fernandes caso ele não respeitasse os trabalhos da comissão.
É importante ressaltar que Abílio Brunini não é membro da CPMI, mas comparece regularmente às reuniões e é frequentemente acusado de interromper os discursos de outros parlamentares.
O presidente da CPMI já ameaçou representar Brunini no Conselho de Ética por suas frequentes interrupções que atrapalham o andamento dos trabalhos.
