Comerciantes se reúnem com o governo para discutir implantação do BRT em Várzea Grande.

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Representantes do comércio em Várzea Grande discutem com o governo sobre implantação do BRT.

A viabilidade da troca do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo BRT (Bus Rapid Transit), para o município de Várzea Grande, foi discutida nesta quinta-feira (2), no Hotel Hits Pantanal, na capital, durante reunião realizada pela Câmara de Dirigentes LoJistas de Várzea Grande (CDL-VG) e Associação Comercial Empresária de Várzea Grande (ACIVAG).

A mudança do VLT, que está com as obras paradas desde dezembro de 2014, para o BRT foi solicitada pelo governo de Mato Grosso. Em março deste ano, a Justiça determinou que o governo estadual comprove a realização de debates públicos sobre a troca. Agora, audiências públicas são realizadas para promover esse debate.
O estado prevê concluir o BRT em dois anos, a partir da data de início das obras, pelo custo de R$ 480 bilhões.

Durante o encontro foram levantadas algumas dúvidas dos comerciantes, como onde serão instaladas as estações de parada, a posição do terminal André Maggi, o impacto da inserção no trânsito, principalmente na Avenida da Feb, por exemplo.
O presidente da CDL de Várzea Grande, David Pintor, destacou que as entidades estão trabalhando para solucionar o problema, que prejudica a cidade.

“Esse câncer que ficou na cidade (obra inacabada) está exatamente na porta de entrada para os visitantes. E hoje nos foi apresentada essa proposta do BRT, que achamos muito interessante. Agora vamos avaliar todos os pontos que terão intervenção e impacto no comércio”, afirmou o presidente da CDL”, declarou.
No evento, o secretário adjunto de Gestão de Planejamento Metropolitano da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra), Rafael Detoni, afirmou que o BRT, defendido pelo governo do estado, vai beneficiar a cidade e ajudar a melhorar o trânsito, principalmente na Avenida da Feb, principal via que liga Várzea Grande e Cuiabá.

“Queremos que a população possa participar conosco destas audiências, , em especial os usuários do transporte coletivo, porque esse é um passo importante para a implantação do novo sistema de transporte”, disse Detoni.
O que mais agradou o setor em Várzea Grande foi a mudança na rota proposta pelo governo. Antes, o VLT passaria pela Feb e encerraria a rota nas proximidades do aeroporto. Já o projeto do BRT prevê vias exclusivas para ônibus da Avenida da Feb até o Centro de Várzea Grande, passando pelas avenidas Couto Magalhães e Filinto Müller.

Para os comerciantes, isso vai valorizar o centro da cidade. “Nós estamos muito preocupados com Várzea Grande. A Avenida da Feb é importante para a cidade e, devido às obras que começaram há uns 10 anos, muitas empresas fecharam as portas. Hoje nós estamos apoiando o governo do estado porque o BRT é mais barato e vai abranger as principais avenidas. Nós temos que aproveitar o bom momento que o governo está passando para resolver isso”, disse Heitor Trentin, presidente da Associação Comercial Empresária de Várzea Grande.