Ceratocone: diagnóstico precoce e tratamentos avançados melhoram qualidade da visão

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Você começa a perceber que está com a visão dupla, acredita que possa ser um mal-estar, cansaço ou uma dor de cabeça. Com o passar do tempo, o sintoma se soma a sensibilidade à luz, dificuldade de enxergar à noite e o que parecia algo simples se mostra um problema mais complicado, o ceratocone, que, no Brasil, atinge aproximadamente 150 mil pessoas por ano. Se a doença não tem cura, a boa notícia é que há uma série de procedimentos que controlam o agravamento do quadro e melhoram a qualidade da visão.

O ceratocone é uma doença que deforma a córnea, causando em um primeiro momento uma visão distorcida, explica o médico Renato Bett, que atua no Hospital Visão, em Cuiabá. “A córnea cobre a íris e a pupila, é um tecido transparente e muito fino. Por fatores genéticos e até mesmo ambientais, esta deformação deixa a córnea com um formato semelhante a um cone e é justamente isso o que afeta a visão das pessoas que têm a doença”.

Renato alerta que a demora na busca de um oftalmologista no surgimento dos primeiros sintomas pode agravar a situação e tornar mais complexo o tratamento necessário. “Como ela é uma doença degenerativa, a ausência de diagnóstico e dos cuidados prescritos fazem com que ela se agrave, prejudicando muito a qualidade da visão das pessoas que possuem a doença. Por isso é fundamental que todas as pessoas realizem consultas periódicas a um oftalmologista”.

Entre os fatores que contribuem para o surgimento do ceratocone estão a hereditariedade, ou seja, a doença é mais comum em famílias em que vários membros a tem, mas fatores ambientais também podem ser responsáveis. “Coçar muito os olhos, por exemplo, pode enfraquecer a córnea e facilitar a deformação. Alergias oculares crônicas também contribuem para o quadro e infecções bacterianas têm a capacidade de acelerar o processo”, ressalta Renato.

O tratamento inclui uma série de procedimentos, destaca o especialista, que variam de acordo com o grau de deformação da córnea. Eles vão desde a adoção dos óculos até o transplante de córnea, passando pelo uso de lentes de contato, anéis intracorneanos, que regularizam a curvatura da córnea e cirurgia. “Tudo depende do grau de deformação da córnea”.

Por conta disso, o ideal é que as pessoas procurem um médico regularmente, mesmo quando não há nenhum sintoma. “Quanto antes há a descoberta de algum problema, maior é a chance de garantir uma boa qualidade da visão”, finaliza o médico.

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