Câmara Municipal acompanha prestação de contas da Saúde referente ao 1º quadrimestre de 2025

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O plenário da Câmara Municipal de Várzea Grande recebeu, nesta terça-feira (27), a audiência pública de prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde, referente ao primeiro quadrimestre de 2025, como determina a Lei Complementar nº 141/2012.

A audiência foi conduzida pela Comissão Permanente de Saúde da Casa, presidida pelo vereador Dr. Miguel, tendo como vice o vereador e enfermeiro Emerson e como membro o vereador Alessandro Moreira. Estiveram presentes a secretária municipal de Saúde, Deisi Bocalon, a subsecretária Erika Carvalho, o superintendente Jomar Tavares, o assessor de gestão Hosano Delgado – responsável pela apresentação técnica do relatório – além de outros servidores da pasta.

Durante a apresentação dos dados oficiais, foram destacados avanços na reorganização dos serviços, embora os próprios representantes da gestão reconheçam que ainda há desafios importantes a serem enfrentados. A secretária Deisi pontuou que os dados têm um “delay” de dois meses, ou seja, nem todas as ações recentes aparecem de forma consolidada neste relatório. “Estamos longe de estarmos perfeitos ou bons ainda. Temos um caminho árduo pela frente, mas acreditamos na capacidade técnica da nossa equipe”, declarou.

Os vereadores presentes aproveitaram o espaço para apresentar questionamentos e cobranças. O vereador Alessandro Moreira falou sobre a importância das adesões a atas como instrumento de agilidade no serviço público e elogiou a postura técnica da equipe da Secretaria. “Nem toda adesão significa gasto imediato. Muitas vezes, é uma forma de prever situações emergenciais e acelerar respostas à população”, observou.

A vereadora Rosy Prado cobrou explicações sobre a demora na entrega de exames laboratoriais, como CCO e exames de sangue. Segundo ela, pacientes têm aguardado por até dois meses os resultados, o que é especialmente preocupante em casos de suspeita de câncer. “É inaceitável essa demora. Precisamos de respostas sérias e verdadeiras”, afirmou.

Em resposta, a secretária Deisi esclareceu que exames de sangue não devem demorar e reforçou que reclamações precisam ser formalizadas via Ouvidoria. Ela também explicou que os serviços laboratoriais são terceirizados e que uma nova licitação está em andamento, para corrigir falhas contratuais herdadas, descentralizar os atendimentos e ampliar a oferta em mais unidades de saúde.

Sobre os exames de CCO, a equipe técnica informou que há uma fila acumulada desde a interrupção temporária dos serviços laboratoriais, o que tem impactado diretamente o prazo de entrega dos resultados. O município trabalha para ampliar o atendimento, que hoje ocorre em apenas 16 das 26 unidades básicas de saúde, e incluir horários alternativos para coleta de exames.

Entre os pontos levantados na audiência, também houve questionamento sobre o contrato emergencial no valor de R$ 14 milhões voltado para cirurgias ortopédicas. Deisi explicou que a contratação foi feita por dispensa de licitação, dentro da legalidade, e tem como objetivo desafogar o Pronto-Socorro Municipal, onde há pacientes aguardando até 12 dias por cirurgia. O contrato prevê a abertura de uma nova sala cirúrgica equipada e estabelece que os procedimentos devem ser realizados em até 72 horas após a internação, sob pena de multa à empresa. A meta é elevar a média diária de cirurgias ortopédicas de 4 para ao menos 12, com plantão 24 horas e foco especial em casos urgentes como fraturas expostas.

A Comissão de Saúde da Câmara reforçou que seguirá acompanhando de perto os desdobramentos das medidas anunciadas, fiscalizando os contratos e buscando soluções efetivas para garantir um atendimento digno à população várzea-grandense.

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