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Câmara de Cuiabá oficializa processo que pode cassar vereador preso por suposto envolvimento com facção

O vereador Paulo Henrique (MDB) tem, a partir desta terça-feira (24), um processo oficialmente aberto e que pode cassar o seu mandato na Câmara de Vereadores de Cuiabá.

O documento assinado pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar instaurou o procedimento embasada pelo desdobramento da Operação Ragnatela, deflagrada na última sexta-feira (20) e que prendeu o parlamentar. Ele teria envolvimento com um esquema de lavagem de dinheiro de facção criminosa na contratação de shows.

Antes da prisão, o vereador já tinha sido alvo de buscas policiais e a mesma comissão teve um parecer de abertura de processo arquivado pela Procuradoria da Câmara.

Operação Ragnatela, deflagrada pela Polícia Federal, investiga um esquema envolvendo servidores públicos que colaboraram com membros de uma organização criminosa para lavar dinheiro por meio de shows e eventos em casas noturnas.

Segundo as investigações, os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos eventos, mesmo sem a documentação necessária. Paulo Henrique atuava como intermediário entre o grupo e os agentes públicos, recebendo vantagens financeiras em troca de seus serviços.

Conforme noticiado pelo Portal O Documento, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) foi um dos poucos a se manifestar em defesa do parlamentar, afirmando não fazer julgamentos de forma antecipada.

“Foi uma surpresa. Além de ser vereador do meu partido, ele é um amigo pessoal. Estou solidário à família e ele com certeza, através dos seus advogados, vai poder esclarecer essa situação. Como eu sempre disse, existe um inquérito, um processo de investigação e até que se conclua a sentença final, você não pode condenar antecipadamente ninguém. Claro que não é bom, mas ele terá a sua oportunidade de defesa”, disse pinheiro.

FONTE: https://odocumento.com.br/

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