O presidente da Associação dos Camelôs do Shopping Popular e ex-vereador de Cuiabá, Misael Galvão, fez declarações sobre a ‘Operação Sign Off’, deflagrada hoje pela Polícia Federal em conjunto com a Receita Federal. A ação visa desmantelar um esquema de contrabando e sonegação fiscal em Cuiabá e outras cidades de Mato Grosso.
Segundo Misael Galvão, cada empresa envolvida no suposto esquema de contrabando deverá ser responsabilizada por suas ações. Atualmente, de acordo com ele, cada banca locada no Shopping Popular opera com autonomia, o que implica que cada uma terá que responder pelo seu CNPJ. Informações preliminares sugerem que oito bancas teriam sido alvo das investigações.

“Eu confio na polícia, na Justiça e no que nós fizemos todos os dias das nossas vidas, que é trabalhar e gerar empregos. Hoje em dia, cada loja que atua aqui tem sua empresa constituída, isso, de certa forma, nos traz tranquilidade, porque cada um responde pelos seus atos”, afirmou Misael Galvão.
Misael também destacou que a equipe jurídica do Shopping Popular está oferecendo apoio total à Polícia Federal durante a operação. “O shopping precisa abrir para que a gente volte a trabalhar”, acrescentou.A
A operação
A ‘Operação Sign Off’, realizada nesta quarta-feira, tem como alvo uma organização criminosa suspeita de operar um complexo esquema financeiro para pagamento de produtos de origem estrangeira, os quais seriam vendidos no mercado clandestino.
Cerca de 180 policiais federais e 74 auditores-fiscais e analistas tributários da Receita Federal estão envolvidos na operação, cumprindo 50 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Alta Floresta, Rondonópolis, Ribeirão Preto (SP) e Ponta Porã (MS).
As investigações conduzidas pela Polícia Federal, com auxílio da Receita Federal, apontaram que o grupo investigado movimentava grandes quantias recebidas de comerciantes de eletrônicos em contas de empresas fictícias, registradas em nome de “laranjas”, com o intuito de dissimular a origem e o destino dos valores remetidos ao exterior para o pagamento dos eletrônicos. Durante um período de um ano e meio, estima-se que o esquema tenha movimentado mais de R$ 120 milhões.
Os mandados de busca foram executados não somente nos endereços ligados aos responsáveis pelo esquema financeiro, mas também em locais relacionados aos comerciantes e fornecedores identificados durante o inquérito policial.
Fonte: https://odocumento.com.br